Em outubro deste ano, o ex-prefeito do Bujari, no Acre, Romualdo de Souza Araújo, foi preso por ameaça e extorquir um casal.
De acordo com a denúncia, o ex-prefeito teria vendido uma área de terra para um casal do município e, a partir do negócio, teria passado a extorquir os antigos clientes, exigindo valores além do que inicialmente havia sido combinado.
O ex-prefeito também é acusado de ameaças ao casal, que o denunciou há cerca de três meses.
Romualdo Araújo foi prefeito do município do Bujari no período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2020.
VEJA MAIS: Ex-prefeito é preso por acusações de ameaças e extorsão contra casal
Romualdo também foi acusado de posse irregular de armas de fogo. Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa do prefeito, a Polícia Civil encontrou espingardas, munições e um celular. Ele foi solto no mesmo dia após pagar fiança de R$ 3 mil.
Ele concorreu à reeleição em 2020 mas obteve apenas 32, 78% dos votos válidos, e acabou derrotado pelo atual prefeito Edvaldo Padeiro.
Novas acusações
Porém, nesta semana, o Ministério Público denunciou Romualdo por outras acusações. Além do ex-prefeito, a ex-primeira-dama também foi denunciada pelo MP.
Os dois são acusados por apresentar documentos falsos de um lote à venda no Ramal do Cacau. De acordo com o MP, o casal queria burlar o sistema de impostos da Fazenda Pública e ocultar o valor real da venda.
O lote teria sido vendido por R$ 700 mil. Porém, o contrato apresentava apenas o valor de R$ 80 mil.
Acusação grave
O MP apontou também que o ex-prefeito teria envolvimento com uma facção criminosa. A investigação revelou que Romualdo utiliza membros de facção para intimidar corretores de imóveis e obter vantagem política.
Um relatório da Polícia Civil indicou ainda que Romualdo cometeu crime ambiental, após caçar ilegalmente animais silvestres.