No dia dia totalmente dedicado ao músico brasileiro, a coluna Douglas Richer do portal ContilNet conversou com o senamadureirense Matheus Lira, que gravou seu primeiro DVD da carreira solo em João Pessoa na Paraíba, no dia 10 de novembro.
O cantor e compositor falou sobre a experiência de deixar o estado de origem e recomeçar a carreira na Paraíba, onde terá seu primeiro trabalho áudio visual solo exibido pela TV Paraíba, afiliada da Rede Globo.
Douglas Richer: Faz 4 anos que você mora na Paraíba, como surgiu o desejo de sair do Acre?
Matheus Lira: Primeiro passo foi minha esposa, que na época éramos noivos e tinha um sonho de vir embora para Paraíba. Eu topei porque meu sogro foi um paizão, disse que eu seria acolhido por ele e por todos nesse início que seria difícil pois não conhecia ninguém.
Meu intuito no lado musical, era que Gabriel Diniz morava em João Pessoa, mas eu cheguei dia 15/05 e ele faleceu dia 27/05. Não tive tempo de conhecê-lo, mas Deus colocou as pessoas que sempre estiveram com ele ao meu lado. Conheci o pai dele, seu Cizinato, que me direcionou a Reinaldo Muribeca, advogado e amigo de GD, e dono do Le Pub, que era um dos principais bares da cidade onde comecei a me apresentar.
Depois fui conhecendo os demais amigos como Rodrigo, dono da BOX10 Crossfit, onde ele treinava; Filipe, dono da bro barber, que Gabriel era sócio; Lauro Maia, dono do Boteco de Noz, onde cantei e era referência do bar.
E nesse meio, conheci o anjo da minha vida musical, Toim do Gado, o ‘Padim’, Filipe Soares, produtor de Gabriel Diniz na época, e abriu muitas portas. A primeira delas com baile, como cantor da banda nos principais eventos da cidade. Formatura, casamentos, eventos gigantes na Paraíba e em outros estados como nosso primeiro show em Alagoas pra Unimed nacional.
E de la pra cá, fomos estreitando muito nossos trabalhos, pois ele começou a produzir vários artistas como Luan Santana, Juliette, Lucy Alves, Aduilio Mendes, e eu sempre estive próximo ajudando com produção, composição e violonista. E nosso DVD foi gravado por ele, que captou todo o áudio e irá lançar na Globo, dia 30/12, se Deus nos permitir, o último modão do ano.
Douglas Richer: O início da sua carreira foi no interior do Acre, depois na capital. Qual a maior dificuldade de um músico se manter nessa profissão no seu estado? Me fala da sua experiência e visão!
Matheus Lira: Falta de incentivo e valorização. Infelizmente, não valorizam seus artistas nas suas cidades, no seu estado.
Aqui, eles apoiam muito, porque a chave pode virar a qualquer momento, pois eles se abraçam para que isso aconteça e todos estourem no cenário nacional.
Ai no Acre, infelizmente não tem essa valorização, por isso a gente busca viajar para gravar fora, mostrar composições fora e correr atrás.
Graças a Deus, hoje, com a internet, uma coisa pode viralizar com você no Acre, mas por mais que viralize você não terá apoio de ninguém para lhe coloca num palco, pra cantar com um artista nacional, para participação. Se você não for atrás, igual eu sempre fiz quando cantei com vários, não vai acontecer. O maior exemplo é está sempre perto de grandes artistas como Gusttavo Lima, Wesley Safadão, Jonas Esticado.
E como músico, por exemplo, meu baixista Frank, quando veio pra trabalhar comigo, fez vários trabalhos e hoje está tocando com a ex-vocalista da Banda Magníficos, Wakiria Santos, um renomado nome do forró nacional.
Alguns artistas gravaram músicas minhas, como Aduilio Mendes, Lucy Alves, Pagode do Meu Agrado, Gabriel Valim e, aos poucos, vamos mostrando trabalho.
Douglas Richer: Como foi que surgiu a ideia de gravar esse DVD solo?
Matheus Lira: Eu já tinha planos de gravar, porém, requer ajudas financeiras ou patrocinadores.
Mas esse teve algo especial, além de Deus ter colocado a mão, as oportunidades aconteceram e surgiram na hora certa. Foram apenas 48h que tivemos para gravá-lo, pois a proposta veio na terça e na sexta gravamos.
No meu Instagram, tem um destaque só do DVD, para quem quiser acompanhar antes do lançamento e ver como foi, os apoiadores e patrocinadores.
Tive ajuda de empresários como Elmo do hospital HNSN, Bruno Asa, procurador do prefeito, e Altemir Lira, meu pai.
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