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Ulysses recua e candidatura de Bocalom no PL com apoio do União Brasil ganha força

Por Matheus Mello, ContilNet

Ulysses é deputado federal pelo União Brasil. Foto: Reprodução

O senador Alan Rick havia declarado que a candidatura do deputado federal Coronel Ulysses à Prefeitura de Rio Branco estava de pé e ganhando esforços de membros do União Brasil. Porém, nesta semana, o deputado recuou e declarou que ainda é muito cedo para discutir sobre a candidatura. Ulysses disse que certos candidatos ‘queimaram a largada’ colocando seus nomes na mesa muito antes das eleições do ano que vem.

“Estou andando, ouvindo as pessoas. O termômetro é saber o que a população quer e deseja para Rio Branco,  que precisa se desenvolver. E resolver problemas que perduram há anos, pois tivemos administrações desastrosas, principalmente quando o PT estava governando o Estado e o Município”, pontuou.

União Brasil

Com o recuo de Ulysses, o caminho fica aberto para o prefeito Tião Bocalom. Após o imbróglio dentro do Progressistas, o prefeito deve seguir para o PL, partido do ex-presidente Bolsonaro. A candidatura de Bocalom no PL é defendida pelo senador Marcio Bittar, do União Brasil. Agora, com as declarações de Ulysses, o Velho Boca pode ter uma candidatura com o União debaixo do braço e de quebra, apoio de dois senadores: Alan Rick e Marcio Bittar. O União Brasil, de quebra, pode trazer o Republicanos para a chapa, que é o desejo do deputado Roberto Duarte.

Ulysses e Bocalom durante agenda da Prefeitura de Rio Branco. Foto: Reprodução

Volta por cima

Nas eleições de 2020, Bocalom foi eleito com o apoio de dois senadores: Sérgio Petecão, e Mailza Assis, agora vice-governadora. O prefeito se desentendeu com Petecão e os dois romperam alianças. Se sair do Progressistas, perde o apoio também de Mailza, uma das principais articuladoras da pré-candidatura de Alysson Bestene pelo partido. Ou seja, indo para o PL e angariando o apoio do União Brasil, Bocalom não perde a cartada de ter dois senadores o apoiando. Os nomes mudam, mas a vantagem é a mesma.

Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom. Foto: Gustavo Monteiro/ContilNet

Possibilidades

Se esse for mesmo o caminho para o Velho Boca, além da máquina pública na mão, o prefeito pode disputar a reeleição com o apoio de mais da metade da bancada federal do Acre. Só no União Brasil, são 3 deputados federais: Ulysses, Eduardo Velloso e Meire Serafim. Já no Republicanos, partido que pode fechar o trio da coligação da direita no Acre, são mais 2: Roberto Duarte e Antonia Lúcia.

Pastora

Acontece que caso o Republicanos aceite apoiar Bocalom na reeleição, como é o desejo do deputado Roberto Duarte, irá se instaurar um racha dentro do partido. Antonia Lúcia, outra deputada do Acre filiada a sigla, já disse que é pré-candidata a prefeita de Rio Branco, e com o apoio da executiva nacional do partido. Quem é que vai ceder?

Não é figurinha descartada

É claro que tudo são possibilidades. Ainda falta meses para essas definições. Porém, se esse for o caminho do prefeito Tião Bocalom, é óbvio dizer que ele segue como um fortíssimo candidato. Entrar em uma eleição com 2 senadores e 5 deputados federais é uma vantagem que qualquer candidato sonha. Na Aleac, Boca pode ter o apoio de 4 deputados: Gilberto Lira e Whendy Lima, do União Brasil. E Arlenilson Cunha e Afonso Fernandes, do PL, sua possível nova casa.

Mais um nome

A deputada estadual Michelle Melo, ex-líder do governo Gladson Cameli na Aleac, pode ser mais um nome posto na mesa para a corrida pela Prefeitura de Rio Branco no ano que vem. Ela encaminhou uma carta a Executiva Estadual do PDT, falando sobre o desejo em ser candidata e colocando o nome à disposição do partido.

Michelle Melo é ex-líder do governo na Aleac. Foto: Juan Diaz/ContilNet

Conversa com colegas

Ela, inclusive, começou a se reunir com vereadores de Rio Branco do PDT, tentando viabilizar a candidatura internamente no partido. Michelle posou conversando com Joaquim Florêncio, James do Lacem e Fábio Araújo, colegas de partido no parlamento-mirim.

Como fica o PDT?

A questão é saber como essa carta será vista dentro do PDT. O atual presidente do partido, Luís Tchê, faz parte do alto escalão do governo do Estado, é o secretário de Agricultura de Gladson Cameli. O partido tem 4 deputados estaduais na Aleac. E é conhecido por ser da base governista. A lógica é que o PDT apoie o candidato definido pelo governador, que até o momento é Alysson Bestene, do Progressistas.

Boicotada 

A carta de Michelle ao partido deve ser ignorada. A verdade é que o caminho ideal para a deputada deve deixar o PDT e seguir em um partido de oposição ao governador Gladson Cameli, papel que ela já vem tomando desde quando deixou a liderança na Aleac. Do contrário, será rifada e boicotada dentro do partido. É a persona non grata do PDT, mesmo com o apoio de alguns colegas vereadores. Quem dita as regras lá dentro é um gaúcho que já teve 4 mandatos na Aleac.

Liderança ambiental

A definição dos membros da Comissão Permanente de Mudanças Climáticas serviu para comprovar o que a coluna disse anteriormente: Socorro Neri é a mais nova liderança acreana na defesa do Meio Ambiente. Ela foi escolhida para ser vice-presidente do grupo.

Um esquerdista solitário

Magoado com o PT, Jenilson Leite não arreda o pé e deve disputar a Prefeitura de Rio Branco sozinho pelo PSB, como a candidatura unicamente de esquerda do Acre. Outros partidos políticos da esquerda largaram a mão de Jenilson e vão apoiar a candidatura de Marcus Alexandre, pelo MDB.

Jenilson Leite. Foto: Reprodução

Criticado

Defendendo uma Frente Ampla em apoio a Marcus Alexandre, a atitude de Jenilson foi criticada até mesmo por membros do próprio PSB, partido de médico. Thor Dantas, também médico e que foi candidato a deputado federal nas últimas eleições, foi um dos críticos.

Acreanas

O Acre registrou uma queda de mais de 20% no desmatamento em um ano, comparado ao mesmo período do ano passado. É um recorde positivo. Fruto disso é o trabalho de duas acreanas extremamente competentes: ministra Marina Silva, que exerce um papel fundamental na defesa da Amazônia no governo federal, e Julie Messias, secretária de Meio Ambiente, que alavancou o trabalho da pasta no governo do Estado.

Off

– É bem claro que Ulysses não quer ser candidato a prefeito de Rio Branco;
– Forçaram e colocaram o nome colocado na mesa;
– Alan Rick é o principal entusiasta da candidatura do deputado federal;
– Com Ulysses querendo sair fora, o União Brasil já pensa em um segundo plano e para apoiar Bocalom no PL, quer abocanhar a vice-prefeitura;
– Um dos nomes que despontam como favoritos a ser vice de Bocalom pelo União Brasil é o médico Fábio Rueda; – Ele teve uma votação considerável nas eleições passadas como deputado federal;
– Rueda chegou a ser cogitado no início do ano para ser secretário de Saúde no governo Gladson Cameli;
– O TSE aprovou a fusão do PTB com o Patriotas. Agora mais um partido de direita surge no Brasil: o PRD, Partido Renovação Democrática;
– Josemir Anute, figura conhecida da polícia do Acre, pode abocanhar a presidência estadual do novo partido;
– Anute foi presidente do Patriotas na última eleição;

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