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Nazaré Pereira volta ao Acre para receber homenagens por sua arte em mais de 4 décadas

Por Tião Maia, ContilNet

Depois de uma longa ausência, a cantora, compositora e dançaria Nazaré Pereira, natural de Xapuri, estará no Acre até  próximo dia 24. Ela vem participar de agenda da Academia Acreana de Letras (AAL), que a concederá no dia 23, a Comenda José Potyguara, em reconhecimento ao seu trabalho na cultura musical.

Nazaré é acreana de Xapuri/Foto: ContilNet

Nesta sexta-feira (17), ela estará no Museu dos Povos Acreanos, para atividade também promovida pela AAL, anunciou o presidente da instituição, Adalberto Queiroz.

Nazaré Pereira é a primeira cantora brasileira a receber o prêmio Louis Ganne de Música Cantada pelo Conjunto da Obra, distinção concedida pela Sociedade de Autores, Compositores e Editores de Música (Sacem), associação francesa de gerenciamento de direitos autorais fundada em 1851.

Acreana, ela é radicada em Belém (PA) desde os anos 70. Desde que deixou Xapuri, no Acre, a artista passou a infância no distrito de Icoaraci, em Belém.

A artista tem mais de 4 décadas de história com a música/Foto: ContilNet

A premiação traz ainda mais reconhecimento para a carreira de Nazaré Pereira, que teve como parceiros grandes nomes, como Luiz Gonzaga. Nos anos 70, a então atriz e diretora teatral conseguiu uma bolsa de estudos em Nanci, na França, e de lá partiu para Paris, para fazer pós-graduação na Universidade de Sorbonne.

A música entrou quase que por acaso e como um ganha-pão. Nazaré conseguiu lançar seu primeiro compacto em 1978, depois de mostrar sua versão da música Cheiro de Carolina, de Luiz Gonzaga, para o dono de uma gravadora francesa.

Com mais de quatro décadas de carreira musical e quase duas dezenas de álbuns em sua biografia, Nazaré Pereira já cantou ao lado de grandes nomes da música brasileira, como Maria Bethânia, Chico César e o já citado Luiz Gonzaga, com quem, inclusive, é parceiro de composição com a música Acre Doce.

Ela nasceu em 1939 e perdeu o pai, seringueiro, aos quatro anos de idade e aos sete, mudou-se com a mãe e o padastro para Belém do Pará, onde faria magistério, chegando a lecionar por dois anos. Mas a paixão pela arte falou mais alto e, no final da década de 60, Nazaré foi cursar teatro no Rio de Janeiro.

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