O tamanho do meu e o seu mundo; confira o artigo de Maysa Bezerra

Hoje, decidi falar com vocês, sobre um tema muito discutido indiretamente em nosso cotidiano: Zona de conforto # Zona de acomodação.

Logo de cara, você sabe bem onde você se encaixa. Mas, no decorrer do texto, tenho certeza e convicção, que muitos conceitos serão alterados. Vamos lá?

Foto: Ilustrativa

Mas o que é Zona de conforto? É tudo que a gente faz para o nosso conforto. Simples assim. Seja comprar um carro novo, para carregarmos melhor a nossa família que cresceu. Seja procurar um novo emprego novo, para ter uma melhor remuneração. Tudo que se faz na vida é para o conforto do nosso “mundo”.

Nas últimas décadas, falamos muito em “Sair da nossa zona de conforto”. Palestrantes motivacionais, CEO de empresas, todos eles fazem apologia ao mudar de MINDSET. Mas, quero fazer uma provocação a você, através desse artigo. Qual o problema viver na zona de conforto? O que é necessário ficar atentos é sobre a Zona de ACOMODAÇÃO. Que são, situações que tem nos machucado, que tem nos deixado feridos e continuamos apáticos. São essas acomodações que é um alerta.

Vivemos em uma época que todos os limites tem que ser quebrados. Se hoje, tenho dificuldade em trabalhar com planilhas de excel em modo avançado, já recebo um curso de EXCEL, para superar esse limite. Se sou tímida e não consigo palestrar por horas, já me indicam um curso de oratória. Mas esquece do primordial. Você quer? Sair desse limite?

Parece que a nossa vida é uma lista com várias atividades a serem desenvolvidas. Que logo ao amanhecer, já listo cada um e já vou marcando, esse está ok, esse não.

Em uma busca constante de autoconhecimento, li uma página do Livro “A Menina quebrada” da jornalista Eliane Brum, em suas dezenas de crônicas sobre a vida e os comportamentos, parei justamente em uma das crônicas que ela citava “você não merece nada meu filho”.

E agora? Não somos merecedores de nada. Mas, temos em nosso DNA, nossa cultura, nosso mundo, as afirmações de nossa família, que nós podemos tudo, sem limitações, basta não desistir. Isso cria-se em mentes que somos especiais. E quando não conseguimos algo, é porque o mundo ainda não nos descobriu.

Não quero começar uma longa discursão, religiosa, mas, na perspectiva do amor e afeto, consigo compreender essas famílias. Mas na real, imagine, todas as famílias falando da mesma forma para seus filhos. Viveríamos em um mundo da perfeição, aliás, éramos todos especiais. Mas, um dia chegará o placar 7×1, a decepção. Chegará o momento em que, todo limite que tenho precisará ser revisto! Essa é a lógica que vem, da criação. Eu tenho que vencer, sempre. Resultado: O mundo fica pesado. Porque não tem limites. Quando a gente ganha, bate a meta, a meta é dobrada. Não há limites.

Pense só, existem pessoas especiais que ganham tudo existe uma parcela de pessoas que não tem merecimento. Os indesejados do mundo.

Tenho em minha mente, alguns conceitos, que, humildade é ver a realidade como ela é. Não é fingir que você sabe menos do que o outro. Não é ofuscar para não chamar  atenção.

Humildade é ver a realidade como ela é. O mundo é grande e tem horas que o SIM é nosso. Mas tem horas que o SIM não será.

Mas que conseguimos passar por essa prova. De não chegar lá. Vamos ter que provar que a gente consegue passar. Tem que passar. Mas não foi.

Chegará o momento que você entrará em conflito, sou a melhor namorada, a melhor amiga, sincera, coloquei a melhor roupa, o melhor perfume, dei o melhor conselho, me doei a essa amizade. Mas você não foi a escolhida. Sabe o que isso tem que significar? Deparei-me com o limite do OUTRO. Que são as escolhas do outro.

Reconhecer os próprios limites tem a ver com humildade. Que nem tudo que eu quero eu posso. Nem tudo que eu posso eu consigo.

Você consegue fazer a distinção do que você não quer? E do que você não consegue?

Cuidado com a distinção.

O sucesso exige que você saia do lugar confortável. As vezes eu amo uma pessoa que é o meu par, mas, eu não consigo mudar meus comportamentos.

As vezes dizemos que não queremos, mas, é porque não conseguimos. Observe! Em suas atitudes.

O que é realmente importante para mim? Faça essa reflexão.

Mas lembre-se pouquíssimas coisas estão sob o nosso controle.

Mas, reduza o seu mundo, para dentro de você. O que é essencial para VOCÊ?

Você veio para esse mundo para ser você, não se distraia.

Vivenciei uma situação de uma grande mulher, que viveu por anos sendo submetida a assédios e ao silêncio, logo que ela se libertou de tudo, após uma década, ela vive uma vida de liberdade, afinal, ela é uma sobrevivente, em uma ocasião de muita alegria e liberdade, ela foi julgada pelo modo de viver, simplesmente por ser livre aos seus 40 anos.

Reconhecer os próprios limites tem a ver com humildade, é olhar para as coisas e saber que tem limites. Não falo sobre Maysa Bezerra e sua criação, mas falo sobre ser gente. Não acredito em pessoas que falam que podem tudo. Tem coisas que iremos lutar e nunca iremos conseguir. Estamos inseridos em um contexto, cultural e falar que todos os limites tem que ser quebrados, é cruel! Cruel com os outros. Nos responsabilizar com todas as coisas que sonhamos, é cruel.

Por ser fã de autoconhecimento, por achar que essa jornada vale muito a pena, nos faz mergulhar nas sombras da nossa vida. Por isso que é bom. Porque passamos a nos conhecer. E dói! DÓI mesmo, mas cura.

Temos que ficar atentos aos limites que impede a gente a sonhar.

Compara-se que todo limite é uma árvore caída no meio da estrada e tem que ser retirada. Errado. Nem todos nós precisamos adquirir o título de mulher maravilha. Não precisa ser o número 1 em tudo. Mas para chegarmos a essa compreensão, precisamos olhar para trás, seja ela a família ou cultura. Não seremos super heróis do mundo. As vezes, até estamos tirando todas as barreiras a nossa frente. Mas, está custando um alto custo.

Não preciso ser Augusto Cury, que escreve textos e textos sobre auto ajuda, mas, ser a Maysa Bezerra, uma mulher, com muitas experiências de vida, que ama falar alto e dar gargalhadas, isso sim, é superar limites, do MEU mundo, que muitas vezes, tem pessoas que não a compreende, porque vive exatamente dentro do seu mundo.

Nasce gente, morre gente. Não haverá uma “mutação” para “Transformers”.

Fez sentindo a você? Se sim, compartilha. Se não, volte ao seu autoconhecimento. Assim, você encontrará o tamanho do seu mundo.

Forte abraço,

Maysa Bezerra

Coach e escritora

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