O governador Gladson Cameli foi alvo de um pedido de afastamento do cargo por parte da Procuradoria Geral da República (PGR), nesta quinta-feira (30).
O pedido foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STF). A decisão caberá à ministra Nancy Andrighi.
A denúncia feita pela PGR é contra Cameli e outras 12 pessoas pelos supostos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
No documento, de 175 páginas, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos afirma que, desde 2019, existe uma denúncia contra o governador sobre um esquema de fraude em licitações. A PGR aponta fraudes ou direcionamento em pelo menos oito contratos firmados nos últimos anos pelo governo do Acre. O prejuízo estimado seria de R$ 150 milhões.
Durante a investigação, a PGR identificou nove transferências de valores entre a construtora contratada pelo governo do Acre e a empresa do irmão do governador, totalizando R$ 1,6 milhão. A denúncia diz ser “inegável o desvio dos recursos públicos, os quais deveriam ser empregados na execução das obras, mas foram desviados em favor de familiares do Governador do Estado”.
Ainda neste ano, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) chegaram a pedir o afastamento de Cameli do cargo, além da prisão preventiva do pai do governador, Eladio Cameli, e do irmão de Gladson. Porém, o pedido foi negado pela relatora da investigação, ministra Nancy Andrighi. A devolução do passaporte também foi decidida pela relatora.
A reportagem do ContilNet aguarda o posicionamento da defesa do governador Gladson Cameli, que deve se pronunciar em breve.