Nas graças do povo do 2º Distrito
Os investimentos anunciados pelo Governo do Estado para a região do Segundo Distrito da cidade, em Rio Branco, como a edificação de uma nova maternidade e a Orla do bairro Quinze, com a construção de uma ponte sobre o Rio Acre ligando a região ao Aeroporto Velho, no primeiro Distrito, levaram o governador Gladson Cameli a cair de vez na graça da população local. Naquela região da cidade vive seguramente 40% da população da capital, cujas lideranças, ao longo dos anos, sempre reclamaram da falta de investimentos públicos, em âmbito municipal e estadual.
Muitas dessas lideranças entendem que, por ser a região onde a cidade de Rio Branco começou, o Segundo Distrito teria que merecer maior atenção, o que vem sendo dado pelo governo de Gladson e daí a aceitação do governador na região.
Município desmembrado
Para quem não sabe ou não lembra, de tão desprezado que foi ao longo do tempo, por administrações estadual como municipal, a região do Segundo Distrito já mereceu, inclusive, protestos de políticos nascidos ali. Caso do então deputado estadual Hildebrando Pascoal, que chegou a apresentar um projeto transformando a região em município desmembrado de Rio Branco. O argumento é que, ali na região, nasceu o município de Rio Branco e, mesmo assim, ao longo do tempo, viu obras importantes migrarem para o primeiro distrito, onde estão as sedes do Governo, da Prefeitura e dos demais poderes públicos.
A ideia de Hildebrando Pascoal era exatamente combater esse tipo de discriminação, uma pauta que, na época, teve grande aceitação da população local.
Ideia que deu certo
A ideia de elevação de um distrito a município no Acre já foi testada e, ao que tudo indica, deu certo. Deu-se em Brasiléia, faz mais de 30 anos, quando moradores de Epitaciolândia, então uma vila distrital de Brasiléia, se insurgiram e passaram a lutar pela emancipação política da localidade, para transformá-la em município.
A liderança do movimento foi do então deputado estadual Luiz Hassem, o “Luizinho”, que convenceu o então governador Edmundo Pinto a aceitar a ideia. Hoje, Epitaciolândia é um dos mais prósperos municípios do Acre, um campeão em arrecadação de tributos.
Isso mostra que a ideia de Hildebrando Pascoal, de dividir Rio Branco em dois municípios, não era de toda absurda.
Impaciência de senadores
Em Brasília, começam as pressões as pressões para que o presidente Lula indique logo o novo PGR (Procurador Geral da República), que está sendo tocada interinamente desde que acabou o mandato de Augusto Aras, em setembro. Uma parte das pressões chegou a Lula como recado de senadores segundo o qual a pauta econômica só anda na casa depois que um nome for apresentado. Líderes do Senado estão impacientes e querem definir o tema na próxima semana.
Amigo de Gilmar Mendes
Há quem diga que o nome favorito é de Paulo Gonet, subprocurador da República e vice-procurador-geral eleitoral. Ele está praticamente sozinho na disputa, com a sombra translúcida de Antônio Carlos Bigonha em volta.
Gonet tem o apoio do decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de quem já foi sócio no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), além dos advogados que compõem o grupo Prerrogativas.
Peças publicitárias
No Acre, PT e PCdoB estão no ar com peças publicitárias no horário de propaganda estabelecido pela Justiça Eleitoral. O PT foca em Lula, ressaltando que é graças ao presidente que o Acre terá acesso a recursos federais para aplicar em grandes obras nos próximos anos. “Vamos fiscalizar o Governo do Estado”, promete a peça do PT sobre a aplicação dos recursos.
Já o PCdoB tirou dos escaninhos figuras desconhecidas, como lideranças estudantis e populares que antes não apareciam e não mais usa nas publicidades só os medalhões como Edvaldo Magalhães, Márcio Batista, Perpetua Almeida e Eduardo Farias.
PT e União Brasil
Os petistas vêm dizendo que rejeitam qualquer aproximação com o União Brasil e com os Republicanos. Embora não queiram fulanizar o debate, os petistas não engolem o senador Alan Rick, União, e o deputado federal Roberto Duarte, presidente dos Republicanos.
Isso, na capital. No interior, onde há uma espécie de terra de ninguém em termos políticos e partidários, é possível que PT e União caminhem juntos. Pelo menos é isso que vem sendo desenhado em Marechal Thaumaturgo, onde o petista Itamar de Sá, que deve sr candidato a prefeito, busca o apoio do União Brasil e de outros bolsonaristas raiz.
PSD vai de Alysson Bestene
Sobre as futuras eleições municipais, conta uma fonte que transita bem nos bastidores da política, já está quase certo que o senador Sérgio Petecão (PSD) vai apoiar o candidato do Palácio Rio Branco, o odontólogo Alysson Bestene, Conversas nesse sentido foram feitas nos últimos dias entre a vice-governadora Mailza Assis e o próprio Petecão.
Não seria de surpreender se o PSD de Petecão passasse a jogar pesado para indicar o candidato a vice da chapa.
Conversas em andamento em Sena
Em Sena Madureira, ainda sobre sucessão municipal, tudo caminha para uma coligação entre o PP de Gerlen Diniz, deputado federal que deve ser candidato a prefeito, e o MDB do vereador Elvis Dany, que seria indicado a vice. Conversas neste sentido devem se intensificar nos próximos dias nas festas de confraternização de fim de ano.,
Há quem diga que uma chapa formada por Diniz e Elvis torna-se praticamente imbatível na disputa pelo cadeira do prefeito Mazinho Serafim, que está em busca de um sucessor e que não pretende entregar o cargo como o aprisionado dar-se ao carrasco.
José Adriano está de olho
Quem acompanha com muita atenção o desenrolar do processo sucessório em Sena Madureira é José Adriano, o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), em Rio Branco. Tamanha atenção tem razão de ser: Adriano é o primeiro suplente de deputado federal do PP. Em caso de vitória de Gerlen Diniz, ele assumiria sua vaga na Câmara e seria mais um parlamentar da poderosa bancada da CNI (Confederação Nacional da Indústria) no Congresso.
Profissional de mão cheia?
Assassinado em maio de 2021, o caso do ex-prefeito de Plácido de Castro Gedeon Barros vai se tornando um dos poucos crimes insolúveis e sem autoria definida da história recente do Acre. O sistema de segurança pública e a Polícia Civil têm a obrigação de uma satisfação à família sobre o que aconteceu e quem são autores daquele crime.
Pelo jeito, vai virar mais um ano sem uma definição e a suspeição de que quem praticou o crime era um profissional de mão cheia desta arte de matar.