Ponte de 2º Distrito de Sena pode receber o nome de Padre Paolino; deputados apresentam PL

Nesta semana, o presidente do Deracre informou que a ponte deve ficar pronta até o Natal deste ano

Foi encaminhado à sessão desta quarta-feira (22) da Assembleia Legislativa do Acre (Acre) o projeto de lei de autoria conjunta de quatro deputados estaduais, que institui o nome de Padre Paulino Baldassari para a ponte do 2º Distrito de Sena Madureira, que está em construção e deve ser inaugurada ainda em dezembro de 2023.

Governo acompanha obras de construção da ponte sobre o Rio Iaco, em Sena Madureira. Foto: Ascom/Deracre

A proposta é dos deputados Gene Diniz, Gilberto Lira, Pablo Bregense e Tanízio Sá – todos de Sena Madureira. Orçada em 36 milhões de reais, a ponte vai tirar definitivamente os moradores do Segundo Distrito do isolamento. Também dará acesso aos moradores do Quintal Florestal, ramal do Lauriano e outras comunidades.

Nesta semana, o presidente do Deracre informou que a ponte deve ficar pronta até o Natal deste ano. A estrutura principal terá 200 metros e uma extensão total de 232 metros com as rampas de acesso.

Símbolo de Sena Madureira

Uma obra tão esperada pelos moradores, a Ponte de Sena Madureira pode homenagear um dos maiores símbolos do município: o padre mais querido do Acre.

Padre Paolino/Foto: Reprodução

De origem Italiana, Padre Paolino chegou em Sena Madureira no ano de 1963 e sua atuação se desdobrou em várias vertentes, ultrapassando o trabalho meramente religioso. Ele fundou escolas, ofereceu atendimento na área da saúde aos ribeirinhos, dentre tantas outras obras sociais.

Com as desobrigas, chegou às comunidades mais isoladas dos rios Iaco, Caeté, Purus e Macauã, levando a palavra de Deus e ao mesmo tempo a assistência social para quem, à época, vivia à margem das ações do poder público. Sempre foi um defensor da floresta e chegou a escrever de seu próprio punho cartas para o presidente da República em que manifestava ser contrário ao desmatamento em larga escala.

O Padre Paolino faleceu no dia 8 de abril de 2016, em Rio Branco, aos 90 anos de idade.

O projeto precisa ser aprovado pelas comissões e levado à votação no plenário geral. Caso seja aprovado, o governador Gladson Cameli precisará sancionar ou vetar a proposta.

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