Porto Velho, cidade rica em cultura, histórica e que um dia já foi terra do ouro e da cassiterita

Elevada à condição de capital do Estado de Rondônia em 1981, a cidade já é a terceira mais populosa e uma das mais ricas da Amazônia

Terceira cidade mais populosa do Norte do Brasil e da Amazônia brasileira, perdendo apenas para Manaus (AM) e Belém (PA), com quase 550 mil habitantes, segundo as últimas estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, Porto Velho, a capital de Rondônia, embora seja uma das mais novas do país, é também uma vetusta senhora, com 109 anos de história, cultura e muitas riquezas. A cidade é, portanto, bem mais velha do que o estado da qual é capital, com idade superior a 70 anos. 

A contradição histórica em relação a idade do município como capital estadual tem explicação: é que o Estado de Rondônia foi fundado apenas em 1981, por ato do então presidente da República, general João Batista de Figueiredo, que elevou o então Território Federal do Guaporé à categoria de Estado, mantendo a antiga Porto Velho fundada no início do século, como capital da nova unidade federativa. 

Praça Marechal Rondon em Porto Velho. Ela foi inaugurada em 1940 por Getúlio Vargas/Foto: Júlio Carvalho/Arquivo Pessoal

A cidade foi fundada pela empresa americana Madeira Mamoré Railway Company, em 4 de julho de 1907, durante a tentativa de construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, comandada pelo magnata norte-americano Percival Farquhar, conta a história. A estrada de ferro seria parte do pagamento do governo brasileiro à Bolívia pela anexação do Acre ao território brasileiro, segundo definia o Tratado de Petrópolis, arquitetado pelo diplomata José Maria Paranhos Júnior, o “Barão do Rio Branco”. A estrada desembocaria em Guajará-Mirim, um pouco mais de 300 quilômetros de ferrovia, atravessando cachoeiras, na fronteira com o território da Bolívia, que passaria a ter acesso à Bacia do Rio Madeira e de lá ao Oceano Atlântico. 

Nada mal para um país que, em seguidas guerras e para adversários diferentes, Peru e Chile, acabou por perder seu Mar Territorial, como o Direito e convenções internacionais definem a faixa de águas costeiras que alcança 12 milhas náuticas (22 quilômetros) a partir do litoral de um Estado/País. Mesmo que tenha perdido o acesso ao mar e ao transporte fluvial, a Bolívia mantém, possivelmente em protesto, seu ministério da marinha e já entrou para história como o único país do mundo a ter marinheiros e fuzileiros navais sem dispor de saída para o mar. Mas isso é outra história. 

Localizada na Bacia do Rio Amazonas, Porto Velho é banhada pelo Rio Madeira, o rio que vem do sul da Bolívia para se juntar a outros rios importantes como: Abunã (afluente da margem direita do Madeira); Mutum-Paraná; Jacy-Paraná; Candeias e, por fim, rio Machado.

Ponte sobre o Rio Madeira, em Rondônia/Foto: Reprodução

Ouro e peixe em abundância

Exploradores dizem que em Porto Velho, o velho Madeira ainda possui grande quantidade de ouro em seu leito e, até pouco tempo, na época da vazante, abrigava 30 mil garimpeiros. O curso do rio é dividido em dois níveis: Alto Madeira, trecho das cachoeiras e corredeiras, e o Baixo Madeira.

Dois lagos se destacam pela sua importância biológica: Lago do Cuniã, com 104 mil hectares, na reserva biológica de Cuniã, e Lago Belmont, no rio Madeira. O rio tem pesca abundante, com destaque para espécies como a Piraíba, Jaú, Dourado, Caparari, Surubim, Pirarara, Piramutaba, Tambaqui, Tucunaré, Jatuarana, Pacu, Pirapitinga, Curimatá. Tem ainda a Piranha preta e o temido Candiru.

Pirarara fisgada no rio Guaporé, em Rondônia/Foto: Terra da Gente/Arquivo Pessoal

Porto Velho, em 2 de outubro de 1914, foi legalmente criado como município pertencente ao Estado do Amazonas, transformando-se em capital em 1943, quando foi criado o Território Federal do Guaporé. Em 1956, em homenagem ao desbravador da região, o marechal Cândido Rondon, o território passou a ser denominado Rondônia. A capital de Rondônia é, portanto, entre todos os municípios brasileiros, o 46º mais populoso e a 21ª capital estadual do país com mais habitantes. 

Nas festas de aniversário de 109 anos, o Governo de Rondônia lembrou e comemorou a data divulgando que Porto Velho, por sua história, cultura e desenvolvimento, é valorizada com ações governamentais que fomentam todas as atividades culturais, esportivas, econômicas e outros atrativos históricos capazes de tornarem a cidade um destino acolhedor para moradores e visitantes, além de ser um ambiente favorável para bons negócios. O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destaca o esforço conjunto para tornar o município cada vez mais desenvolvido e que gere bem-estar social.

Capital mais extensa do país e o 3° PIB do Norte

Porto Velho tem uma área de 34 090,95 km² e é por isso a capital estadual mais extensa do país, sendo maior até mesmo que dois estados brasileiros (Alagoas e Sergipe), além de superar países inteiros como Bélgica e Israel. É também o mais populoso município fronteiriço do Brasil e a única capital estadual cujo território faz fronteira com outro país, a Bolívia.

Em termos econômicos, a cidade detém o quarto maior PIB da Região Norte, depois de Manaus, Belém e Parauapebas, além de ter sido a capital estadual que mais cresceu economicamente no país, com o PIB aumentado em 30,2% em 2009. Em 2018, o PIB de Porto Velho foi estimado em R$ 16, 6 bilhões.

Porto Velho é a capital mais extensa do Brasil/Foto: Reprodução

No final dos anos 1950, com a descoberta da cassiterita, o minério de estanho, começa para a região um novo ciclo de desenvolvimento, denominado ciclo do minério, que teve seu ápice com a exploração de ouro no rio Madeira na década de 1980. Por fim, o último desses ciclos refere-se ao desenvolvimento de atividades agropastoris, que, com o avanço da fronteira agrícola iniciado na década de 70, contribuiu para a transformação econômica do então Território Federal de Rondônia. 

A cidade de Porto Velho vivenciou um novo ciclo de desenvolvimento econômico e populacional associado à construção de duas grandes usinas hidrelétricas no rio Madeira. Uma delas, a UHE de Santo Antônio, está localizada exatamente nas proximidades da Vila de Santo Antônio, onde se cogitou a localização do primeiro porto fluvial e que posteriormente foi transferido para uns poucos quilômetros rio abaixo e que deu origem à atual capital do Estado de Rondônia.

Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Porto Velho/Foto: Beethoven Delano/Arquivo Pessoal

Do passado histórico restou um conjunto de grandes edifícios e armazéns relacionados com as atividades da construção e operação da ferrovia, que estão sendo objeto de um projeto de revitalização, assim como vilas residenciais e outras edificações que marcam até hoje a paisagem da capital de Rondônia.

Governo e Município mantém parceria para o desenvolvimento econômico e cultural da cidade

Em Porto Velho, o Governo de Rondônia tem realizado eventos culturais como o Arraial Flor do Maracujá, reconhecido como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado, pela Lei nº 4.635, sancionada pelo governador Marcos Rocha em 31 de outubro de 2019. O evento é promovido pela Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), e esse ano contou com a participação de mais de 30 grupos folclóricos que se apresentaram entre os dias 23 de junho e 2 de julho, no Parque dos Tanques. O evento foi considerado um espetáculo pela população, por sua organização e qualidade dos atrativos culturais.

Foi dado o apoio e realizado investimentos para a realização da 12ª Feira Agropecuária de Porto Velho – Expovel, realizada no período de 23 a 27 de agosto, no Parque dos Tanques. No evento, retomado após uma década, foram movimentados R$ 2 milhões em negócios, consolidando o sucesso do retorno do evento, com valorização da cultura e avanço do desenvolvimento do Estado.

12ª Feira Agropecuária de Porto Velho – Expovel/Foto: Daiane Mendonça

A última edição do Festival Cultural de Nazaré, realizado no distrito de Nazaré, no Baixo Madeira, foi realizada em julho deste ano pela Sejucel, com apresentações de dança do seringandô, quadrilha tradicional, carimbó e o boi curumim. A festa também foi reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Rondônia, mediante Decreto nº 28.188, de 14 de junho de 2023.

Mas em Porto Velho também é possível a realização do chamado turismo histórico, graças à rica história a cidade. Na verdade, a história de Porto Velho também tem sido valorizada por meio do Memorial Marechal Rondon, um importante atrativo turístico da capital e que está sob responsabilidade do Governo do Estado. No local é possível entender melhor a história de Rondônia.  

Uma história que começa no início do século XX, no Norte do país, quando um grupo de pessoas lideradas por Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal Rondon, recebeu a missão de tornar essa parte do Brasil comunicável com o restante do país por meio das linhas telegráficas. Parte dessa saga ainda está no Memorial. 

Memorial Rondon/Foto: Daiane Mendonça

Administrado pela Superintendência Estadual de Turismo (Setur), o Memorial alcançou em 2023 a marca de 100 mil visitantes. O local mais visitado costuma ser o Salão de Expedições Paz e Fronteiras, que apresenta painéis, fotografias, quadros, utensílios e réplicas de objetos usados pelo marechal Cândido Rondon. Além disso, na parte externa, há uma oca, que resgata a imagem da habitação indígena.

Há também outros espaços, O maior espaço de lazer e prática de atividades esportivas de Porto Velho está sob os cuidados da Secretaria de Estado de Obras e Serviços Públicos (Seosp), órgão mantenedor que coordena e fiscaliza os trabalhos de revitalização do local. No espaço, há réplicas de monumentos históricos como o trem da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a Muralha do Real Forte Príncipe da Beira, além da passarela que destaca-se pelo design urbano e arquitetura paisagística.

A capital dispõe de diversos espaços para o desenvolvimento de atividades esportivas como o Ginásio Claudio Coutinho, Ginásio Fidoca, Deroche Pequeno Franco, Estádio Aluízio Ferreira, Centro de Desporto e Lazer – Cedel do Bairro Ulisses Guimarães e Cedem Três e Meio, administrados pela Sejucel.

As três caixa d’água são símbolos de Porto Velho/Foto: Reprodução

Todos esses espaços recebem grandes competições, não só do Estado mas também, as nacionais e até internacionais. Em maio, no Ginásio Cláudio Coutinho, foi realizado o Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa, o TMB Challenge Plus, que reuniu atletas de seis estados na competição: Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Paraná e São Paulo.

Além disso, o Governo de Rondônia tem destinado para Porto Velho frentes de trabalho para melhoria da infraestrutura, ações de assistência social, de melhoria da qualidade da assistência em saúde, Segurança Pública, educação e de fortalecimento da economia; para que Porto Velho avance cada vez mais como um município que gere qualidade de vida à população.

Figuras de destaque na história política local tem até um acreano de Xapuri entre os grandes nomes 

Embora mais que centenária, a cidade de Porto Velho pode contar com apenas oito prefeitos entre os que foram eleitos pelo voto direto e pelo menos dois vices que assumiram a titularidade do cargo pela renúncia de seus titulares – Tomaz Correa, em 86, no lugar de Jerônimo Santana, que renunciou em maio daquele ano para concorrer ao Governo do Estado, e em 1992, quando o advogado José Guedes substituiu o prefeito Chiquilto Erse, que se afastou do cargo por motivo de doença, acabou falecendo e o vice concluiu o mandato até 1996.

Prefeitos nomeados ou interventores, contam mais de 45, desde os primeiros anos da fundação da cidade até o último biônico, exatamente José Guedes, nomeado pelo então governador Angelo Angelim em 1985 para administrar a cidade até a posse do eleito naquele ano, que foi o advogado Jerônimo Santana, o primeiro prefeito eleito da história da cidade. O primeiro prefeito nomeado de Porto Velho foi  Fernando Guapindaia de Souza Brejense, major do Exército e nomeado superintendente pelo então presidente da República Venceslau Brás. O superintendente governou até 1917.

Entre os administradores indiretos de Porto Velho há inclusive um acreano, o advogado e jornalista xapuriense Odacir Soares, que foi eleito senador consecutivamente por dois mandatos. Soares faleceu em setembro de 2019, em Brasília. 

Odacir Soares foi senador de Rondônia/Foto: Reprodução

Além dele, outros dois nomes se destacam como administradores indiretos de Porto Velho: Jorge Teixeira e Jerônimo Santana. O primeiro, depois de ter sido prefeito indicado de Manaus (AM), durante a ditadura militar, que veio para Rondônia como o último governador do território, com a missão de prepará-lo para ser transformado em Estado. Nesta condição, Teixeira foi o primeiro governador de Rondônia Estado, até a posse de Jerônimo Santana. Ambos os líderes políticos rondonienses já são falecidos.

Uma mulher aparece liderando corrida de 19 pré-candidatos à Prefeitura

Não é por acaso que, faltando mais de um ano para as eleições municipais de 2024, Porto Velho seja uma das capitais da Amazônia com o maior número de pré-candidatos à Prefeitura. Há pré-candidatos para todos os gostos e de matizes ideológicos os mais diversos.

São pelo menos 19 pré-candidatos e pré-candidatas, uns já conhecidos, que inclusive já passaram pelo cargo, e outros nem tanto. A lista é encabeçada pela médica Mariana Carvalho (UB), deputada federal por dois mandatos, integrante de uma tradicional família de Rondônia.

Mariana Carvalho aparece em 1º lugar nas pesquisas/Foto: Reprodução

Em seguida, aparecem Fernando Máximo (UB), Marcelo Cruz (Patriotas), Alan Queiroz (Podemos), Samuel Costa (PT/PCdoB/PV), Léo Moraes (Podemos), Dr. Mauro Nazif (PSB), Coronel Crisóstomo (PL), Ramon Cujui (PT/PCdoB/PV), William Pimentel (MDB), Fátima Cleide (PT/PCdoB/PV), Cristiane Lopes (UB), Kazan Roriz (sem partido), Vinicius Miguel (PSB), Pimenta de Rondônia (PSOL), Aleks Palitot (PTB), Edwilson Negreiros (PSB), Luana Rocha ( UB) e Everaldo Fogaça (Republicanos) 

A profusão de pré-candidatos tem lastro no fato de o atual prefeito, Hildon Chaves já estar em segundo mandato e por isso fora da disputa direta. Filiado ao União Brasil, já há especulações de que o prefeito possa apoiar Mariana Carvalho, sua correligionária de Partido, que vem obtendo as primeiras colocações em pesquisas de opinião pública até aqui divulgadas. O número de eleitores em Porto Velho, segundo dados do TRE-RO (Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia) já somam mais de 350 mil e lá também haverá eleições em dois turnos, caso os candidatos em melhor colocação na disputa não atinjam o total de 50% e mais um voto.

Estados de histórias e costumes parecidos quase vão a conflito bélico por disputas de Vila Extema 

Separados por apenas 500 quilômetros de distâncias, com vegetação, relevo, histórias, cultura e costumes parecidos, nos estados do Acre e de Rondônia, ainda assim, estiveram no limite de um conflito armado, com as forças policiais militares de um lado e outro prontas para a guerra. Foi em maio de 1987, na disputa pelas localidades de Extrema Nova Califórnia, uma faixa de terra de 500 mil hectares de terras da Ponta do Abunã, divisa entre os dois estados. 

A presença do Acre na região, inclusive com órgãos públicos e posto do então Banco do Estado do Acre (Banacre) e posto fazendário, vinha de longe – antes mesmo de Rondônia vir a se tornar Estado. Os próprios moradores, em sua maioria, quando indagados sobre suas origens, se diziam acreanos. 

Depois de Rio Branco, a região representava a segunda fonte de arrecadação e significativo colégio eleitoral com inscrições feitas então pelo TRE-AC.

No entanto, a ocupação do braço ocidental do Estado de Rondônia começava a ser questionada e os vizinho era acusado de desrespeitar os limites centenários da Linha Geodésica Beni/Javari ou Cunha Gomes, que estabelece o marco divisório e fronteiriço com o Peru, culminando na Vila Murtinho.

A invasão da localidade pelos acreanos chegou a ser objeto de denúncias no Senado Federal, através do então senador Ronado Aragão (MDB), que recorreu aos princípios da política e sociologia de dividir para conquistar ou dividir para reinar, os quais consistem em ganhar o controle de um lugar por meio da fragmentação das maiores concentrações de poder, impedindo que se mantenham individualmente. Trata-se de uma estratégia que tenta romper as estruturas de poder existentes e não deixar que grupos menores se juntem e que seria um conceito foi utilizado pelo imperador romano Júlio César e depois por Filipe II da Macedónia e o imperador francês Napoleão Bonaparte, além do exemplo de Aulo Gabínio, que repartiu a nação judaica em cinco convenções, conforme relatado no livro I de A Guerra dos Judeus, do historiador Flávio Josefo. 

“Invadem o território rondoniense usando táticas alexandrinas de conquista, com o fito de agradar os habitantes da região e no intuito de promover, no futuro, um plebiscito separatista”, protestava em 17 de maio de 1987, com algum exagero, o senador Ronaldo Aragão,

Alheia a isso, Iolanda Fleming, a primeira mulher na história a governar um Estado no país, mandou a Polícia Militar do Acre ocupar militarmente a Ponta do Abunã. O oficial militar do Acre encarregado do comando de operações de guerra na região – se houvesse o confronto, já que o outro lado também ameaçava marchar com seus militares para a região – era o então tenente Hildebrando Pascoal. O comandante das tropas de Rondônia era o coronel Valmir Ferro. A ordem do governador rondoniense, Ângelo Angelim, que fazia um mandato-tampão, era o enfrentamento pelas armas militares dos dois lados. Os militares chegaram a se posicionar para o combate.

Mas o confronto não veio. O Supremo Tribunal Federal (STF), em 1997, decidiu a questão a favor de Rondônia com base em laudo técnico assinado pelo diretor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mauro Pereira. O documento atestava que o IBGE, através de sua diretoria de geociência, atendia o convênio firmado pela Comissão Tripartite, representada pelos estados do Amazonas, Acre e Rondônia para levantamento cartográfico e geodésico firmado pelas partes em 19 de fevereiro de 1986 e que dava o município de Porto Velho como legítimo possessor da área.

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