Prefeitura se posiciona sobre protestos e não vai abrir novos cadastros para entrega de móveis

Suelen esclarece que, das 17 mil famílias atingidas pelas enchentes na capital, três mil estão aptas para receber

A secretária Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Suelen Araújo, junto com o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, realizou uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (28) para esclarecer acerca dos protestos que reivindicam a entrega de móveis e eletrodomésticos do Programa Recomeço, que contempla famílias atingidas por enchentes na capital acreana.

Moradores fecharam na última segunda-feira (27) a ponte da Valdemiro Lopes, no Bairro da Paz e a Estrada do Calafate, próximo à Fundação Bradesco, em protesto contra a demora na entrega e o fato de algumas famílias não terem sido contempladas com o programa.

A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Suelen Araujo, e o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão/Foto: Suene Almeida/ContilNet

Suelen Araújo esclarece que, das 17 mil famílias atingidas pelas enchentes na capital, três mil estão aptas para receber os móveis. Foi realizado um levantamento prévio para entender a real necessidade das famílias.

“Nós temos que deixar claro para a população que não é só ter sido atingido, é ter direito, está dentro dos requisitos do benefício. As pessoas que não foram cadastradas durante a alagação, foram cadastradas pelos Cras dos bairros”, disse.

A secretaria fez questão de reforçar que não serão realizados novos castros de famílias. “É importante registrar aqui que não serão feitos novos cadastros, os cadastros já foram feitos”, enfatizou.

Suelen ressaltou, ainda, que as manifestações têm cunho político. “Aqueles que acham que fechando a rua e fazendo manifestações vão ter direito, infelizmente não, pois estamos fazendo conforme o credenciamento e a legalidade do projeto”.

Cláudio Falcão disse que foi realizado um mapeamento de áreas atingidas/Foto: Victor Manoel/ContilNet

Segundo a secretária, a prefeitura seguiu o perfil de Assistência Social nacional. “Nós trabalhamos com o socioeconômico nacional. Nós seguimos pré-requisitos que vão desde a questão econômica à localização. Verificamos se as famílias tem idosos, crianças, dentre outras”.

O coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão, esclareceu que foi realizado um mapeamento de áreas atingidas, e que os dados foram fornecidos para a Secretaria de Assistência Social.

“Nós fornecemos esse mapeamento para a a SASDH, para que fosse feita a seleção das famílias em situação de vulnerabilidade. As equipes visitaram as famílias de casa em casa para poder selecionar, dentro dessas muitas famílias, aquelas que estão em vulnerabilidade e que tem o direito a receber”, explicou.

O que dizem as famílias

Segundo Maria Alexandra, uma das moradoras atingidas pelas águas do igarapé Batista, no bairro da Paz, e que perdeu seus móveis, reclama da demora na entrega por parte da prefeitura. “Eles começaram a entregar as coisas após oito meses de alagação e muita gente ficou sem nada e não recebeu nada até agora”, disse.

A rua Valdomiro Lopes, no bairro da Paz, foi interditada pelos moradores/ Foto: ContilNet

De acordo com a moradora, a prefeitura parou de fazer as entregas na região, alegando que já havia concluído a ação. “Nos disseram que pararam de entregar as coisas aqui no bairro, sendo que nem concluíram o Bairro da Paz”, relatou.

As famílias reivindicam a retomada da entrega dos móveis, para que todos atingidos pela enchente do igarapé no início de 2023 sejam contemplados. “Se ele não retomarem, vamos para frente da assembleia. Nós temos direito. Eles precisam também fazer uma visita para entregar as coisas certas, pois muitas famílias ganharam apenas um móvel, famílias grandes”, destacou.

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