Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) publicada recentemente, constatou que o cupuaçu, fruta tradicional na Região Norte e rica no Acre, foi finalmente incluída na lista de frutas domesticadas, conhecidas por serem modificadas pela ação humana.
Antes, a fruta era considerada apenas como um fruto nativo. Porém, a pesquisa da Usp, afirmou que a fruta já foi domesticada a pelo menos 8 mil anos, possivelmente por povos originários que habitavam a região. A informação foi divulgada pelo jornal Metrópoles.
A pesquisa da USP sequenciou o “DNA” do cupuaçu e conseguiu determinar que a domesticação do fruto amazônico começou há cerca de 8 mil anos. Tudo isso através da genômica.
Conseguindo cruzar dados da genética com evidências arqueológicas e históricas da região amazônica, os pesquisadores entenderam que o cupuaçu teve o processo de domesticação intensificado nos últimos dois séculos, principalmente por conta do ciclo da borracha no Acre.
“Hoje, ela não só é brasileira, como foi criada e tem história no território do Brasil. O cupuaçu é nosso”, explicou o pesquisar responsável pela descoberta, Matheus Colli-Silva.
Monilíase
O Acre vem enfrentando há algum tempo o problema da Monilíase, doença causada por um fungo que afeta o cupuaçu.
“Trata-se de uma doença muito severa que ataca frutos de cacau e cupuaçu em todas as fases de desenvolvimento. Seu sintoma característico é a formação de um pó branco em volta do fruto e é um pó que desprende muito facilmente. Por isso, estamos aqui para alertar a população. Ao detectar o problema, a orientação é não mexer nos frutos. Entre em contato com o Idaf”, disse um pesquisador do Idaf.
No Acre, a Monilíase foi detectada em 2021 nas cidades de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
O que é a Monilíase?
Doença causada pelo fungo Monliliophthora roreri que atinge frutos de cacau, cupuaçu, cacauí e cupuí
Afeta o ser humano?
Não. Mas pode causar perdas de até 100% da produção
Quando ocorre?
Em todas as fases de desenvolvimento do fruto
Quais os sintomas?
Inicialmente, deformações e manchas amarelas ou verdes no fruto. Após 45 a 90 dias, aparecem manchas necróticas (marrom-escuro)
Sintoma principal?
Um pó branco (esporos) que se soltam facilmente