O ex-vice-governador do Acre, Wherles Rocha, o Major Rocha, comemorou a eleição do deputado e economista ultraliberal Javir Milei à presidência da Argentina, no último domingo (19), sobre o candidato do governo, o peronista Sérgio Massa. Além de relatar as dificuldades do país, com uma inflação de três dígitos, desabastecimento e outros problemas, Major Rocha classifica o peronismo como “comunista”.
Javier Milei foi apoiado, no Brasil, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores. O deputado Flávio Bolsonaro (Pl-SP), filho do ex-presidente, chegou a ir à Argentina prestar apoio ao candidato de ultradireita.
Na sua manifestação de apoio ao novo regime argentino, Major Rocha escreveu em suas redes sociais: “Lá o voto é na cédula de papel e não existe Tribunal Superior Eleitoral”.
De acordo com o político que ficou sem mandato ao ser excluído pelo governador Gladson Cameli de sua chapa na disputa pela reeleição, para ficar igual a Argentina, “temos que esperar mais 3 anos para tentar trilhar o mesmo rumo (direita) dos nossos ermanos (sic)”.
Desde que a vitória de Javier Milei foi sacramentada, analistas argentinos vêm apontando que seus quatro anos de gestão serão difíceis. Em discurso logo após o resultado, o próprio Milei disse que a situação é “crítica”. “As mudanças que nosso país precisam são drásticas”, frisou o ultraliberal, deixando claro que “não haverá lugar para o gradualismo, a tibieza e as tintas de mídia”.
É o mesmo tom da campanha eleitoral. Os analistas apontam, no entanto, que tal discurso não cabe na prática de um país que, mesmo com a terceira maior economia da América Latina, enfrenta uma crise que perdura há décadas.