A juíza Kismara Brustolin se tornou nacionalmente conhecida após a divulgação de um vídeo no qual ela aparece gritando com uma testemunha e advogados durante uma audiência por videoconferência. Na gravação, aos berros, ela exige ser chamada de “excelência”.
Natural de Caxambu do Sul, em Santa Catarina, Kismara atua como substituta na Vara de Trabalho de Xanxerê, também no estado. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a magistrada recebe R$ 37.496,49 por mês. Em outubro, o salário ultrapassou os R$ 60 mil (isso acontece por causa de benefícios pontuais e férias).
A catarinense foi servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região por oito anos e meio. Também trabalhou como técnica e analista Judiciário, atuando nas Varas do Trabalho de São Miguel do Oeste, Xanxerê, 1ª de Criciúma e no gabinete da juíza Lígia Maria Teixeira Gouvêa.
Relembre o caso da juíza
A juíza substituta Kismara Brustolin está sendo investigada pelo Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina, após um episódio ocorrido em 14 de novembro. Durante uma audiência virtual, na Vara do Trabalho de Xanxerê, a magistrada exige ser chamada de “excelência” por uma testemunha. O vídeo viralizou nas redes sociais nessa terça-feira (28/11).
Veja:
Durante a audiência, a juíza elevou o tom com o homem, que não compreendeu seus pedidos, gritando: “Repete, repete”.
Ao questionar se era obrigado a tratar a juíza da forma que ela queria, Kismara se exaltou e chamou o rapaz de “bocudo”. Ele tentou prosseguir com o depoimento, mas ao não chamar a juíza de “excelência”, teve sua janela de videoconferência fechada e foi excluído da sessão.
“O senhor não é obrigado. Mas se não fizer, eu vou encerrar a audiência e seu depoimento será totalmente desconsiderado”, disse a magistrada.
Após o ocorrido, Brustolin desconsiderou o depoimento da testemunha, alegando falta de urbanidade e educação.