“O boi se mata dessa forma. Um cachorro não é melhor que um boi”, disse um homem preso em flagrante após tentar matar o próprio cachorro com golpes de machado na cabeça, em São Sebastião (DF).
Apesar da brutalidade, o cachorro sem raça definida conseguiu sobreviver. O agressor, identificado como Ronaldo Alves Magalhães, 38 anos, foi atuado por maus-tratos. Ele responderá em liberdade pelo crime, após ser liberado pela Justiça em audiência de custódia.
O 21º Batalhão da Polícia Militar (BPM) recebeu a denúncia sobre o caso de maus-tratos na segunda-feira (27/11), depois de testemunhas relatarem que um cachorro teria levado pancadas na cabeça e uivado de dor. O animal também teria sido arrastado pelas patas e deixado debaixo de uma árvore.
Uma equipe de PMs se deslocou até o local informado e encontrou Ronaldo, que teria confessado as agressões ao cachorro. Até então, o animal não havia sido achado.
O suspeito foi levado à 33ª Delegacia de Polícia (São Sebastião) e, em depoimento, confessou novamente a tentativa de matar o próprio cão.
Cachorro sobrevivente
Ronaldo alegou que o cachorro estaria debilitado, pois tinha hanseníase; que o pelo do animal estava em queda; e que o cão não conseguiria andar. Para não deixar o cachorro “agonizando”, o próprio tutor tomou a decisão de matá-lo com um machado e deu a declaração em referência ao abate de bois.
Mesmo após levar diversos golpes na cabeça e ser arrastado para um matagal, o cachorro foi encontrado com vida, na terça-feira (28/11), aproximadamente 24 horas depois das agressões.
“É um crime bárbaro e covarde que impressiona pela frieza do autor ao confessar o ocorrido”, comentou Ana Paula Vasconcelos, advogada representante do Fórum de Defesa Animal, que considerou um milagre o cachorro ter sobrevivido.