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Acre representa estados da Amazônia Legal em painel sobre financiamento climático na COP28

Por Ascom

Secretária do Meio Ambiente Julie Messias participou de discussão técnica sobre financiamento de carbono. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Lideranças ambientais de países que possuem florestas tropicais estiveram reunidas nesta quarta-feira, 6, no Pavilhão Nature Positive, na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes, para uma discussão técnica sobre como o financiamento de carbono pode apoiar NDCs e uma ação climática ambiciosa na natureza.

Secretária do Meio Ambiente Julie Messias participou de discussão técnica sobre financiamento de carbono. Foto: Marcos Vicentti/Secom

NDC é uma sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada, que envolve compromissos voluntários criados por países signatários do Acordo de Paris. Joe Walston, que é vice-presidente da Global Coonservations (WCS), organização internacional que mediou o debate, destacou que o Brasil possui grande conhecimento para compartilhar com o mundo, principalmente no que diz respeito a levar qualidade de vida de forma sustentável para quem vive da floresta.

Convidada para discorrer sobre o assunto representando os estados da Amazônia Legal, a secretária de Estado do Meio Ambiente do Acre (Sema), Julie Messias, que também é presidente da Força-Tarefa de Clima e Florestas dos Governadores, Brasil e presidente do Fórum de Secretários da Amazônia Legal, falou que o Acre, embora seja um estado pequeno e que está na Amazônia, foi audacioso a ponto de ser pioneiro na implantação do projeto de REDD+ que, desde 2012, está em execução trazendo excelentes resultados.

“Temos um projeto que vem sendo executado, o Programa REM do Banco Alemão KFW, que remunera os resultados obtidos na redução das emissões de CO2”, afirmou.

Ainda de acordo com a gestora, esse pagamento por resultados é uma garantia de um ambiente legal e de políticas públicas que permitem a implementação de projetos para que os compromissos do país possam ser alcançados.

Painel contou com a presença de lideranças ambientais de países que possuem florestas tropicais. Foto: Marcos Vicentti/Secom

“Isso gera a execução de linhas estratégicas de ação como o fortalecimento de cadeias produtivas, implementação de uma política de gestão territorial indígena, regularização ambiental, ações de comando e controle ambiental, educação ambiental, ou seja, várias estratégias reunidas para que o estado consiga desenvolver políticas ambientais associadas ao desenvolvimento social e econômico e no nosso estado tudo isso aconteceu graças ao ambiente legal que foi estabelecido”, acrescentou.

O painel também teve como palestrantes o diretor de Mudanças Climáticas, Comissão Florestal e Ponto Focal Nacional REDD+ em Ghana, Roselyn Fosuah Adjei; o diretor do Escritório Nacional de Mudanças Climáticas e REDD+ (BNCCREDD+) do Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em Madagascar, Lovakanto Ravelomanana; e o ponto focal de Mudanças Climáticas do Gabinete do vice-presidente da Tanzânia, Freddy Manyika.

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