Em um recente levantamento divulgado pelo Tesouro Nacional, foi revelado que o estado do Acre está enfrentando desafios significativos em sua situação financeira. A análise dos dados apontou que o estado comprometeu 31% de sua receita corrente líquida em dívidas contraídas junto a instituições financeiras, totalizando 2,5 bilhões de reais.
Os números destacam um cenário preocupante, pois a porcentagem elevada reflete uma considerável parcela dos recursos do Acre destinada ao pagamento de obrigações financeiras. Essa situação pode impactar diretamente os investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.
O estudo também apresentou um panorama nacional das dívidas estaduais em relação à receita corrente líquida, considerando dados de 2022 e a variação percentual desde 2019. São Paulo, apesar de liderar em arrecadação, é apontado como o estado mais endividado, com R$ 265 bilhões em dívidas, representando 115% de sua receita. O estado, no entanto, registrou uma redução de R$ 2 bilhões em relação a 2019.
Ao lado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul também figuram como os únicos estados com mais de 100% de dívida em relação à sua receita corrente líquida. Estes três últimos estados enfrentam uma situação fiscal crítica, recebendo nota D e tornando-se não elegíveis a receber crédito com a garantia da União.
Dentre esses estados, Minas Gerais se destaca pelo maior incremento de valor da dívida em relação a 2019, registrando um aumento de R$ 21 bilhões. Por outro lado, o Rio de Janeiro apresentou a menor diminuição nacional em relação a 2019, com uma redução de cerca de R$ 15 bilhões em sua dívida.
O Rio Grande do Sul, por sua vez, enfrenta a maior porcentagem de dívida em relação à sua receita corrente líquida, alcançando 199%. Enquanto isso, Mato Grosso, Pará, Paraíba e Espírito Santo se destacam por zerarem suas dívidas em relação às receitas, sendo que Mato Grosso registra um saldo positivo de 7 bilhões de reais, segundo informações do Tesouro Nacional.
Na região Norte e Centro-Oeste, os estados apresentam as menores dívidas e reduções, contribuindo para um cenário mais estável nessa parte do país. Destaca-se o Espírito Santo, que mantém a melhor saúde fiscal desde 2019, recebendo nota A do Tesouro Nacional. Outros estados que se destacam positivamente incluem Rondônia, Paraíba, Mato Grosso e Roraima, todos com nota A desde 2020 ou posterior, e a Bahia, que recebeu nota A em 2022. Essas avaliações indicam uma gestão financeira mais sólida e eficiente, promovendo a estabilidade econômica em meio aos desafios nacionais.