O Congresso Nacional derrubou nesta 5ª feira (14) o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto da desoneração da folha de pagamento. Na Câmara, foi barrado por 378 votos a 78, ao passo que, no Senado, o resultado foi de 60 votos a 13. Antes da votação, o líder do Governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse que o Executivo estava “consciente” que até mesmo parte dos integrantes de partidos aliados do governo defendiam a derrubada do veto. Ainda assim, a decisão dos congressistas é uma derrota para o Planalto.
A bancada do Acre composta por três senadores e oito deputado federais votaram na sua maioria a favor da derrubada do veto. Os três senadores Alan Rick, Marcio Bittar e Petecão votaram a favor da derrubada do veto. Na Câmara, apenas Meire Serafim (União Brasil) votou a favor da manutenção do veto. Roberto Duarte, Gerlen Diniz, Zezinho Barbary, Socorro Neri e Coronel Ulysses votaram a favor da derrubada do veto. O deputado Eduardo Velloso não participou da votação.
Os votos “não” são para derrubar o veto e votos “sim” para manter o veto. Ou seja, quem votou “não” optou por rejeitar o ato de Lula e manter a proposta da desoneração. …
O texto prorrogava até 2027 a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. O impacto aos cofres públicos será de ao menos R$ 18,4 bilhões em 2024. O governo Lula falhou em negociar uma proposta alternativa proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O chefe da área econômica demorou para articular sobre o tema e não conseguiu chegar a um acordo com o setor empresarial. O veto da desoneração coloca mais uma pedra no caminho para que o governo atinja o deficit zero em 2024.