A americana Emma Lewis Chipili, 35, foi acordada na madrugada desta sexta-feira (15/12) em uma situação assustadora. Seu filho de pouco mais de um ano de idade estava sendo estrangulado pelos cabelos da mãe.
Os dois dormiam juntos na cama, e Emma acordou com o choro da criança, que não conseguia respirar pelo aperto dos fios na garganta. O marido dela precisou usar uma faca para cortar os cabelos da mulher, e o menino foi levado com urgência para o hospital.
O pequeno precisou ser transferido para um centro de saúde em outro estado, e passa bem. “Foi o momento mais assustador da minha vida”, afirma a mãe, em entrevista à imprensa local.
Por mais difícil que seja, principalmente para crianças pequenas, os pediatras pedem que os pais não durmam com os filhos na mesma cama — uma das consequências, apesar de rara, é a síndrome do torniquete capilar, que aconteceu com o filho de Emma.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), apesar de rara, a síndrome representa um risco à saúde dos bebês, pois, em casos extremos, pode ser necessária a amputação da área necrosada. Em situações de choro persistente, tanto os pais quanto os médicos devem remover toda a vestimenta da criança e analisar se há fios de cabelo presos nas extremidades.
A recomendação é que os bebês durmam no berço, uma superfície própria e segura. Além dos cabelos da mãe, o ambiente em que a criança dorme esconde outros perigos, como a síndrome de morte súbita do bebê. Ela é caracterizada pela asfixia durante o descanso e pode ser causada, por exemplo, pelo espaço entre o colchão e o berço, panos, lençóis, travesseiros e cobertores.
A SBP recomenda ainda que a criança seja colocada no berço de barriga para cima. Posições diferentes podem comprometer a respiração e deixá-la vulnerável à síndrome da morte súbita do bebê.
Caso semelhante aconteceu com bebê no Paquistão
O caso do bebê americano não é isolado. Em julho deste ano, o cabelo de uma mãe no Paquistão se enrolou acidentalmente no pênis do filho de 11 meses e quase resultou na perda do membro. Os médicos conseguiram reparar parte dos danos e inseriram um cateter para que a criança voltasse a fazer xixi.