As pontes da Amizade, em Epitaciolândia, e “Wilson Pinheiro”, em Brasiléia, na fronteira com a cidade de Cobija, na Bolívia, estão novamente fechadas e o tráfego de pessoas e o transporte de mercadorias começam a ser comprometidos nesta quinta-feira (21). É mais um protesto de servidores públicos do governo boliviano, principalmente do setor de saúde, que reivindicam pagamentos de salários atrasados.
É a segunda vez no mês de dezembro que a manifestação é registrada. Os protestos vêm se arrastando desde meados deste ano. Com a última paralisação por 48 horas, que se encerra ao final do dia de hoje, os bolivianos ameaçam radicalizar caso seus salários continuem em atraso, dizem os líderes das manifestações.
O fechamento das duas pontes, impedindo o livre trânsito entre o departamento de Pando, na Bolívia, e as duas cidades do Alto Acre, no Brasil, as tradicionais compras de brasileiros na zona franca de Cobija para as festas de final de ano estão comprometidas. O maior problema é em relação à venda de combustível, cujas carretas, para chegarem do lado boliviano, têm que passar pelas pontes, vindos do Brasil.
Outros caminhões carregados com combustível cruzam a fronteira e trafegam para o Peru, para abastecer o país andino. Com o fechamento das pontes, as carretas começam a formar filas na Avenida Internacional, em Epitaciolândia.