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Exército de Israel afirma ter matado 3 reféns por engano em Gaza

Por Metrópoles

Reprodução / Bring Them Home

Imagem colorida mostra reféns mortos pelo exército de israel por engano em gaza - Metrópoels

Reprodução / Bring Them Home

As Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) informaram, nesta sexta-feira (15/12), ter matado três reféns por engano na Faixa de Gaza. Segundo comunicado, as mortes ocorreram durante combate no bairro de Shejaiya, na cidade de Gaza.

De acordo com as IDF, os três reféns, que eram israelenses, foram “erroneamente identificados como ameaças”. O perfil das tropas no X (antigo Twitter) revelou a identidade dos mortos. Veja:

  • Yotam Haim,  sequestrado do Kibutz Kfar Aza;
  • Samer Talalka, sequestrado do Kibutz Nir Am;
  • Alon Shamriz, sequestrado do Kibbutz Kfar Aza.

O Exército transferiu os corpos para território israelense, onde foram examinados e passaram por processo de identificação. “As IDF expressam profundo remorso pelo trágico incidente e envia às famílias as suas mais sinceras condolências”, finaliza a nota.

Guerra continua

Dados divulgados pelas Forças de Defesa de Israel mostram que, dos 105 militares mortos na Faixa de Gaza durante a ofensiva contra o Hamas, 20 foram mortos por fogo amigo e outros acidentes do tipo.

Ainda segundo as FDI, 13 soldados acabaram mortos por causa de erros de identificação, pois foram confundidos com combatentes do Hamas, devido a disparos de tanques e a ataques aéreos e terrestres.

Nessa segunda-feira (11/12), a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que pede cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. O texto também exige a libertação de todos os reféns, de forma imediata e incondicional. A proposta foi aprovada por 153 votos a favor, 10 contrários e 23 abstenções.

Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza após o fim de uma trégua no início de dezembro. A interrupção nos bombardeios e nas incursões terrestres durou sete dias, de 24 a 30 de novembro, o que permitiu a libertação de reféns e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Durante a vigência do acordo, o Hamas libertou 105 reféns que haviam sido capturados no ataque de 7 de outubro a Israel. Desse grupo, 81 são israelenses, e 24, estrangeiros negociados fora do acordo. Segundo estimativas de Israel, ainda há 137 reféns sob custódia do Hamas e de outros grupos da região.

O acordo firmado entre os dois lados do conflito previa que, em troca da libertação de reféns, Israel soltaria prisioneiros e detidos palestinos. Somados os sete dias de trégua, o lado israelense permitiu a soltura de 240 prisioneiros. A maior parte dos palestinos soltos é formada por mulheres e menores de 18 anos.

Israel e Hamas travam uma guerra no Oriente Médio desde 7 de outubro, quando o grupo extremista invadiu o território israelense e matou mais de 1,2 mil pessoas. Desde então, Israel promove bombardeios à Faixa de Gaza, que já resultaram na morte de mais de 18 mil palestinos.

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