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Maioria das famílias acreanas deve, em média, R$ 10 mil e só 5% aderiram ao Desenrola 

Por Redação ContilNet

Um levantamento divulgado nesta semana pelo Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre mostra que em novembro de 2023, cerca de 63% das pessoas entrevistadas declararam-se endividadas. Os dados indicam uma preocupante situação econômica, impactando diversas esferas da sociedade riobranquense.

A maioria dos endividados (51%) afirmou que suas dívidas tinham menos de 30 dias, refletindo uma tendência para compromissos de curto prazo. No entanto, o levantamento não pode ignorar o fato alarmante de que 28% das pessoas relataram estar endividadas por mais de 90 dias. 

A situação se agrava com a constatação de que 33% dos entrevistados estavam negativados, ou seja, tiveram seus nomes incluídos nos cadastros de inadimplentes como SPC e Serasa. Surpreendentemente, 67% declararam não ter ciência de sua situação de negativação.

A análise por faixa etária revela que os maiores índices de endividamento estão concentrados entre os 30 e 39 anos (22,36%), seguidos pela faixa de 40 a 49 anos (20,33%). Além disso, as mulheres apresentam uma taxa de endividamento superior, representando 55% das pessoas entrevistadas nessa situação.

A média das dívidas por consumidor negativado em Rio Branco, em novembro de 2023, era de R$ 10.662,00, indicando um alto comprometimento financeiro para aqueles em situação de inadimplência. É crucial destacar que as famílias de baixa renda foram as mais afetadas, com 74% dos negativados recebendo até três salários mínimos.

As principais dívidas estavam relacionadas a contas básicas de água, luz e gás (41%) e cartão de crédito (46%). Notavelmente, as famílias de renda inferior a três salários mínimos representavam a maioria desses endividados nessas categorias, indicando a relevância dessas despesas para a população de baixa renda.

As razões do endividamento variam, sendo as dificuldades financeiras pessoais (30%), uso do dinheiro em outras compras (24%) e desemprego (18%) as principais causas.

Embora existam programas de renegociação de dívidas, como o Programa Desenrola Brasil, lançado em julho de 2023, apenas 5% dos entrevistados declararam ter aderido a algum desses programas. 

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