Em um vídeo publicado em suas redes sociais, nesta terça-feira (19), o médico infectologista Thor Dantas falou a respeito das síndromes febris agudas que tem apresentado crescimento no Acre com a chegada do período chuvoso.
O infectologista alertou os colegas de profissão sobre a necessidade da avaliação de gravidade e diagnóstico das respectivas doenças.
“Como a gente sabe, nesse período aumentou muito os casos de dengue e leptospirose, duas doenças que tem grande potencial de gravidade, mas que se forem tratadas de forma correta no início, tem resposta de praticamente 100%”, explica.
Thor Dantas ressalta, ainda, a importância do atendimento inicial aos pacientes, para identificar o grau de gravidade dos sintomas.
“Ao meu ver, duas coisas são fundamentais na abordagem de pacientes com síndrome febril aguda, no primeiro atendimento. A primeira é a avaliação da gravidade. Ainda antes de saber qual é a doença, temos que ser capazes de avaliar se o paciente tem algum sinal de alerta para gravidade”, disse.
Em caso de sinais de alerta, o médico aconselha manter o paciente em investigação. “A maioria dos sinais de alerta são comuns a qualquer síndrome febril aguda. Dor abdominal de forte intensidade, dor torácica de qualquer intensidade, dispneia, vômitos incoercíveis, alteração de consciência, lipotimia ou desmaio, hipotensão, sangramento e icterícia devem sempre ser considerados, até que prove o contrário, um sinal de gravidade”, adverte.
O especialista recomenda, também, que os pacientes que apresentarem piora ao retornar para suas casas, devem procurar atendimento médico imediatamente.
O diagnóstico diferencial também foi um dos aspectos mencionados pelo infectologista, para que assim, as doenças possam ser tratadas corretamente. “O manejo clínico da dengue é da leptospirose é muito diferente, mas as duas tem quadro clínico muito semelhantes no início, podem ser idênticos, na verdade”, exemplifica.
Entre as doenças febris agudas estão a Zika, Dengue, e Chikungunya, Febre Amarela, Oropouche, febre do Mayaro, que já tiveram casos registrados no Acre em 2023.