Uma mulher de Minnesota (EUA) está processando um dentista, alegando que ele a deixou desfigurada e traumatizada depois de ser submetida a 32 procedimentos em apenas uma consulta e falsificar a quantidade de anestesia que lhe aplicou.
Kathleen Wilson alega que Kevin Molldrem colocou oito coroas dentárias, fez quatro canais radiculares e 20 obturações num período de cinco horas e meia, em julho de 2020.
O advogado de Kathleen entrou com ação na última quinta-feira (21/12) no Tribunal Distrital do condado de Hennepin. Ele pede indenização de US$ 50 mil (cerca de R$ 240 mil). Na ação, alega-se que Kathleen ficou com muita dor, envergonhada, desfigurada e angustiada, tendo que fazer várias outras consultas com outros dentistas para consertar a “bagunça” deixada por Kevin Molldrem, de acordo com um depoimento obtido pelo jornal “Star Tribune”. Ela foi atendida na Escola de Odontologia da Universidade de Minnesota, durante alguns meses. Boa parte do trabalho anterior teve que se refeita.
Além disso, Molldrem, formado em 2004, é acusado de abusar de anestesia (o dobro da quantidade máxima recomendada) e falsificar registros odontológicos para evitar responsabilidades.
Um dentista da Flórida (EUA) foi consultado pelo advogado da paciente para encorpar a denúncia. Avrum Goldstein reconheceu que Mollgrem estava correto no diagnóstico, em 7 de julho de 2020, de que “praticamente todos os dentes” de Kathleen apresentavam cárie, mas o tratamento na semana seguinte foi ruim.
“Katie precisava de uma resposta lenta, ponderada e cuidadosa”, escreveu Goldstein num relatório de 14 de novembro. “Tentar preencher todos os buracos de cada dente da boca em uma única consulta não é apenas a antítese do que foi indicado, mas não é humanamente possível conseguir de forma eficaz ou construtiva”, completou.
Ele disse que a tentativa de Molldrem de restaurar todos os dentes de Wilson numa única visita não fez nada para resolver sua suscetibilidade a doenças ou o potencial de perder os dentes.
Molldrem não se manifestou.