O que já se sabe sobre o caso dos doces de Goiânia

Luzia Tereza Alves e o filho, Leonardo Pereira Alves, morreram após apresentarem sintomas como vômitos e diarreia. Caso ocorreu em Goiânia

Foto colorida de mãe e filho que morreram após comerem um doce em Goiânia - Metrópoles

Reprodução

Um caso que envolve a morte de mãe e filho está intrigando moradores de Goiânia (GO). Luzia Tereza Alves, de 86 anos, e Leonardo Pereira Alves, de 58, morreram após apresentarem sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais.

Relato da filha de Leonardo nas redes sociais indicava que as mortes teriam ocorrido após as vítimas comerem uma sobremesa da Perdomo Doces, de Goiânia (GO), o que rendeu uma enxurrada de acusações à empresa nas redes sociais.

“Nossos advogados vêm prestando todos os esclarecimentos para elucidar os fatos, bem como colaborando com as investigações, para permitir que essa família saiba a causa exata dos óbitos de seus entes queridos”, afirmou a empresa em nota oficial na última segunda (18/12).

Em meio a especulações em torno do nome da empresa, a doceria recolheu o lote de produtos que estavam sob análise e destacou que concedeu às autoridades fiscalizadoras acesso irrestrito a todas as lojas da Perdomo Doces.

Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), nessa terça-feira (19/12), descartou que a Perdomo Doces tenha qualquer envolvimento nas mortes. Ainda assim, não há muitos detalhes do caso, que segue em investigação mantida em sigilo.

“A Polícia Civil de Goiás informa que o caso em questão é investigado pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios. No momento, o delegado responsável pelo caso não dará entrevistas, em razão do sigilo necessário à elucidação do fato”, afirmou a corporação em nota.

O Procon esteve em uma das unidades da Perdomo e na fábrica da loja e informou que não há irregularidades.

Caso em investigação

A morte de mãe e filho segue sob investigação pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH). Tendo em vista as circunstâncias das mortes, a principal linha de investigação é de um duplo homicídio. No entanto, a polícia não indicou quem são os suspeitos ou mesmo se já há suspeitos.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela mulher de Leonardo, Eliane Alves, ele, a mãe dele, Luzia Alves, e a nora, Amanda Partata, que está grávida, comeram uma sobremesa na loja Perdomo Doces, por volta das 10h de domingo (17/12). Às 13h, todos apresentaram sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais.

Leonardo e a mãe foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, onde permaneceram até falecer. Amanda teria ingerido o produto em menor quantidade e voltou para a cidade natal, Itumbiara, no sul goiano.

A hipótese — agora descartada pela PCGO — de uma suposta intoxicação ao comerem doces teve início com o relato da filha de Leonardo, Maria Paula Alves, nas redes sociais. Na publicação, ela afirmava que os dois haviam comido a sobremesa de uma marca famosa, momentos antes de passarem mal.

“Hoje acordou um dia normal. Papai acordou, comeu um alimento comprado em um estabelecimento famoso e bem ‘credificado’, mas acabou passando mal. Vomitou sem parar, por horas, buscou atendimento médico e, quando eu soube da situação, já havia ocorrido uma série de complicações que acabaram levando à óbito”, dizia.

Em nova publicação, nessa terça, Maria Paula afirmou que não fez acusações. “Logo no inicinho de tudo, eu fui atrás do contato da proprietária da loja, contei o ocorrido e repeti um milhão de vezes a ela que eu queria apenas ajudar a prevenir que mais alguém passasse por isso”, escreveu.

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