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Retrospectiva: LoL teve LOUD bi e Faker no topo do mundo de novo

Por Ge

Jogadores do time de LoL da LOUD com o troféu de campeões do 2º Split do CBLOL 2023 — Foto: Bruno Alvares & Cesar Galeão/Riot Games

Depois de obter o primeiro título em 2022, a LOUD dominou ainda mais o cenário brasileiro de League of Legends ao vencer os dois splits do Campeonato Brasileiro (CBLOL) de 2023, tornando-se a primeira equipe da história do Brasil a conquistar três edições consecutivas.

A temporada 2023 do LoL ainda teve outros dois vices da paiN Gaming no CBLOL, o suporte Denilson “Ceos” como destaque no Brasil e o tetracampeonato mundial conquistado pela T1 de Sang-hyeok “Faker”, o maior astro da modalidade.

Jogadores do time de LoL da LOUD com o troféu de campeões do 2º Split do CBLOL 2023 — Foto: Bruno Alvares & Cesar Galeão/Riot Games

Jogadores do time de LoL da LOUD com o troféu de campeões do 2º Split do CBLOL 2023 — Foto: Bruno Alvares & Cesar Galeão/Riot Games

Relembre os principais acontecimentos do LoL em 2023:

Bicampeonato da LOUD

LOUD perdeu o atirador Diego “Brance” para o Fluxo na virada de 2022 para 2023, mas tornou-se ainda mais dominante com o sul-coreano Geom-su “Route”, que chegou ao Brasil sob enorme desconfiança por estar há um ano e meio sem competir.

No 1º Split, a LOUD teve 12 vitórias e seis derrotas na fase eliminatória e derrotou a LOS e a paiN duas vezes para se tornar a campeã, em uma final realizada no estúdio da Riot Games, em São Paulo.

No Mid-Season Invitational (MSI), campeonato internacional de meio de temporada do LoL, realizado em Londres, na Inglaterra, a LOUD caiu já na fase de entrada, com duas derrotas – para a europeia G2 Esports e a taiwanesa PSG Talon – e uma vitória, contra a japonesa DetonatioN FocusMe.

Depois do MSI, os jogadores da LOUD tiraram férias e voltaram aos treinamentos na semana que antecedeu o início do 2º Split, o que fez com que a equipe estreasse com três derrotas. A partir da terceira semana, a equipe embalou e terminou a fase classificatória na 3ª posição, com 13 vitórias e cinco reveses.

Nos playoffs, a LOUD bateu a RED Canids Kalunga por 3 a 1 e depois superou a paiN por 3 a 0 – o mesmo placar com o qual havia vencido as duas finais anteriores, o que provocou protestos da torcida adversária. Os jogadores da paiN não deram entrevista coletiva e só se pronunciaram, nas redes sociais, mais de 20 horas depois. Os torcedores temiam a repetição do placar na decisão, que seria realizada em Recife (PE).

No Ginásio Geraldão lotado, LOUD e paiN se enfrentaram em uma grande final pela terceira vez consecutiva. A LOUD chegou a abrir 2 a 0 na série em melhor de cinco partidas (md5) e a paiN venceu o terceiro jogo, evitando assim o 3 a 0, mas não a derrota. O desfecho seguiu o mesmo dos splits anteriores.

Campeã três vezes seguidas, o que nem a INTZ do elenco conhecido como “Exodia” havia conseguido, a LOUD se tornou a melhor equipe da história do Brasil, na visão do topo Leonardo “Robo”, que se tornou hexacampeão assim como Felipe “brTT”, e do meio Thiago “Tinowns”, o jogador mais vencedor da sua posição, com cinco troféus.

Quarto vice seguido da paiN

Com as derrotas na duas finais de 2023, a paiN chegou ao quarto vice consecutivo, já que também amargou dois reveses no ano passado: no 1º Split para a RED Canids e no 2º Split para a LOUD.

No 1º Split de 2023, a derrota por 3 a 0 para a LOUD na decisão revoltou os torcedores, e parte deles permaneceu na entrada do estúdio para protestar contra os jogadores. Os integrantes da paiN só saíram cerca de duas horas após o revés, cabisbaixos e em silêncio.

O CEO da equipe, Thomas Hamence, admitiu a necessidade de mudanças no elenco, mas só houve uma alteração para o 2º Split, a promoção do suporte Fábio Luis “ProDelta” a titular, no lugar de Yan “Damage”.

sequência negativa abriu a perspectiva de um desmanche para a temporada 2024, mas o topo Eui-seok “Wizer”, o caçador Marcos “CarioK” e o meio Matheus “Dynquedo” foram mantidos no elenco. Eles ganharam as companhias do atirador Alexandre “TitaN” e do suporte Won-yeong “Kuri”.

JDG vencedora do MSI

O MSI, que sofreu uma mudança de formato e passou a contar com mais de uma equipe representante das principais regiões, teve a JD Gaming como campeã, em uma final chinesa vencida por 3 a 1 contra a Bilibili Gaming.

Na caminhada rumo à decisão, o treinador Wong “Tabe”, da Bilibili, protagonizou cenas curiosas. Ele invadiu o palco para celebrar com os jogadores antes de a partida terminar e precisou ser retirado por um dos árbitros. Segundos depois, porém, a equipe chinesa concretizou a vitória por 3 a 1 contra a sul-coreana T1.

Tabe já havia se envolvido em outra situação inusitada de comemoração em vitória na série anterior. O treinador entrou no palco para comemorar o resultado com os jogadores – daquela vez no tempo certo -, mas virou para o lado onde estava a equipe sul-coreana, a adversária. Segundos depois, o técnico percebeu o erro e correu para o lado o oposto do palco.

Faker tetracampeão mundial

No Worlds, o Campeonato Mundial, a JDG tinha a possibilidade de, pela primeira vez na história do LoL, fazer uma temporada perfeita, já que havia vencido o MSI e as duas edições da LPL, a liga chinesa. Mas o destino reservaria a consagração ainda maior de Faker, com o tetracampeonato conquistado em casa, na primeira vez que o sul-coreano disputou um Worlds na Coreia do Sul.

Equipe da T1 celebra conquista do título do Worlds 2023 — Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games

Seed #2 da LCK, abaixo da Gen.G, a T1 passou pela fase principal, que utilizou o formato suíço, com três vitórias – contra as norte-americanas Team Liquid e Cloud9 e a Bilibili – e uma derrota, para a Gen.G.

Nos playoffs, a T1 derrotou a chinesa LNG Esports nas quartas de final, superou a JDG na semifinal e conquistou o título com vitória esmagadora sobre a chinesa Weibo Gaming, sensação do Worlds, na decisão.

Com o triunfo, Faker se consolidou no panteão de lendas dos esportes eletrônicos, voltando a ser campeão mundial uma década após o primeiro título e sete anos depois da última conquista.

Foi o quarto título dele e da T1, mas o primeiro obtido em casa, já que as conquistas anteriores ocorreram nos Estados Unidos (2013 e 2016) e na Europa (2015).

O título aconteceu em um ano em que Faker precisou se afastar temporariamente do competitivo – pela primeira vez na carreira – por causa de uma lesão na mão. Ele ficou um mês sem jogar na LCK.

Representante brasileira, a LOUD caiu já na fase de entrada. Depois de estrear com vitória sobre a vietnamita GAM Esports, a equipe perdeu para a PSG Talon e se despediu do campeonato ao perder para o time do Vietnã.

Worlds 2023 terminou se tornando o evento mais assistido da história dos esportes eletrônicos, com pico de 6,4 milhões de espectadores simultâneos em transmissões online pelo mundo.

Destaque, Ceos sai da LOUD

Bicampeão brasileiro em 2023, com quatro títulos conquistados na carreira, o suporte Denilson “Ceos” se tornou o protagonista da janela de transferências para a temporada 2024 ao deixar a LOUD para acertar com a KaBuM.

Um dos destaques da LOUD no ano, Ceos venceu como melhor jogador de LoL no Prêmio CBLOL e no Prêmio eSports Brasil. Foi a primeira vez que um suporte ganhou tais premiações.

Dominância da LOUD no Prêmio CBLOL

Assim como em 2022, a LOUD venceu em todas as categorias que teve representantes no Prêmio CBLOL deste ano.

  • Melhor topo: Robo (LOUD)
  • Melhor caçador: Croc (LOUD)
  • Melhor meio: Tinowns (LOUD)
  • Melhor atirador: Route (LOUD)
  • Melhor suporte: Ceos (LOUD)
  • Melhor treinador: BeellzY (LOUD)
  • Jogador revelação: ProDelta (paiN Gaming)
  • Melhor jogador: Ceos (LOUD)
  • Melhor jogadora: Nallari (paiN Gaming)
  • Melhor jogador Academy: Dioge (KaBuM)
  • Melhor jogada: Robo (LOUD)
  • Craque da Galera: Ceos (LOUD)

Fracasso de supertimes

Em 2023, o CBLOL teve dois supertimes, elencos que, no papel, eram muito fortes e criaram enorme expectativa de bons desempenhos na comunidade. Mas isso não aconteceu. Tanto a LOS quanto o Fluxo decepcionaram e não chegaram perto de conquistar títulos.

A LOS montou uma equipe com o topo sul-coreano Tae-min “HiRit”, o caçador Ranger, o meio sul-coreano Tae-hoon “Lava”, o atirador Netuno e o suporte Vinicius “zay”, sob comando do aclamado treinador Seok-hee “Stardust”, também da Coreia do Sul.

Ranger exibe camisa por baixo do uniforme em vitória da LOS na 9ª rodada do 1º Split do CBLOL 2023 — Foto: Cesar Galeão/Riot Games

Entretanto, depois da 3ª colocação no 1º Split, Stardust decidiu promover mudanças para a sequência da temporada.

Ranger virou suporte, ocupando o posto antes pertencente a zay, e deu lugar ao sul-coreano Gang-yun “Trick” na selva, enquanto o topo Felipe “Boal” substituiu HiRit. Mas as mudanças não deram certo. O time jogou mal, precisou passar por outras alterações durante o torneio e terminou a fase classificatória na 8ª colocação, com seis vitórias e 12 derrotas.

O Fluxo também montou uma equipe fortíssima, da qual se esperava muito, ainda mais porque seria treinada por Gabriel “Turtle”, que retornava dos Estados Unidos depois de uma experiência como técnico da norte-americana Evil Geniuses (EG) na LCS.

O supertime tinha o topo Rodrigo “Tay”, o caçador Pedro “Disamis”, o meio Bruno “hauz”, o atirador Brance e o suporte Gabriel “Jojo”.

Com elenco misturando alguns dos melhores jogadores e das maiores promessas da atualidade, o Fluxo teve campanhas medianas: 6ª posição nos dois splits, com derrotas logo no primeiro confronto dos playoffs. Isso mesmo depois de ter realizado bootcamp na Coreia do Sul entre uma edição e outra.

Hauz, jogador do time de LoL do Fluxo, com a mão na cabeça em partida contra a Vivo Keyd Stars na abertura dos playoffs do 2º Split do CBLOL 2023 — Foto: Bruno Alvares/Riot Games

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