Nesta sexta-feira, 15 de dezembro, o sindicalista Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, abatido a tiro em Xapuri, interior do Acre, em 22 de dezembro de 1988, estaria, se vivo estivesse, completando 79 anos. Ele foi assassinado uma semana depois de completar 38 anos de idade.
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No dia em que o aniversário de nascimento do ambientalista é celebrado, o Comitê Chico Mendes, entidade criada logo após seu assassinato para reverenciar sua memória, abre a Semana Chico Mendes, que se estenderá até o dia 22, quando completam-se 35 anos de seu assassinato. Será uma semana de atividades nos municípios do Vale do Alto Acre, Xapuri, Assis Brasil, Epitaciolândia e Rio Branco, onde a atuação do sindicalista era mais frequente.
O tema do evento neste ano é “Empate de Retomada” com debates sobre “Justiça Climática e o Esperançar de um Novo Futuro, assim sonharemos e esperançaremos – como Chico sonhou e esperançou”. As atividades terão a presença de diversas organizações, lideranças, estudantes, indígenas, extrativistas, quilombolas e ativistas socioambientais.
Entre as personalidades que vêm ao Acre para participar da Semana Chico Mendes está o jornalista e escritor Edilson Martins, acreano de Rio Branco que fez sucesso na imprensa e em outros meios de comunicação no país como escritor e documentarista. Entre os livros de maior sucesso do escritor estão “Amazona – a Última Fronteira” e “Nossos Índios, Nossos Mortos” – este último já esgotado.
Como repórter, Martins recebeu, entre outras premiações, o prêmio Vladimir Herzog. Ele tralhou como repórter especial no Jornal do Brasil, na revista Manchete e foi um dos colunistas do Pasquim. Também criou a primeira coluna de ecologia – meio ambiente – na chamada grande imprensa do País, com o nome “Páginas Verdes”.
Martins foi o último repórter a entrevistar Chico Mendes, mas o texto só foi publicado após a morte do ambientalista, no Jornal do Brasil, em cuja entrevista ele dizia, entre outras coisas, que queria viver para ajudar salvar a Amazônia.