Em um vídeo divulgado nas redes sociais, um homem identificado como Gonzaga, de 67 anos, revelou ao radialista Jota Cavalcante, da Rádio Difusora de Sena Madureira, histórias de quando morava em colocações, trabalhando como seringueiro, há cerca de 40 anos.
Durante a conversa, Gonzaga relembra as experiências vividas por ele, que sempre morava sozinho nos locais, entre elas, os momentos de pânico ao encontrar com onças.
“Até hoje, alma nunca me apareceu, agora a tal da onça, na época, uma pulou dentro de casa a noite e foi o jeito eu dar uns tiros nela com uma 16”, relata.
A onça-pintada é considerada o maior felino das Américas, e também o maior carnívoro da América do Sul, podendo medir cerca de um metro e 90 cm de comprimento e 80 cm de altura e pesar até 135 kg. Apresenta um corpo robusto e uma grande força muscular.
O ex-seringueiro, conta ainda, que foi atacado pelo animal em meio à floresta. “Em outra vez, uma pulou para me pegar dentro de um igarapé, quando eu estava tomando banho”, revelou.
O homem também conta que levou um mês saindo da comunidade de Petrópoles, no alto Rio Iaco, até Sena Madureira, caminhando sozinho.
“Quando eu cansava, eu parava e descansava nas casas. As vezes inchavam muito meus ombros e pés, e então passava dois, três dias nas casas de conhecidos. As vezes me davam trabalho, eu pegava um dinheirinho e ia embora”, relembra.
Ele diz que sua meta era chegar em casa, já que não tinha notícias de sua família a pelo menos três anos. A história de Gonzaga é mais um exemplo da solidão que, muitas vezes, assolavam os seringueiros que viviam na floresta amazônica em busca de ganhar a vida por meio do trabalho de extração da borracha.
Assista o vídeo completo:
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