Pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (11), revela que um em cada três jovens acreanos de 15 a 29 anos não estudam nem trabalham. O grupo faz parte dos chamados Nem-Nem, como são indicados aqueles que não trabalham nem estudam. Ao todo, são 78 mil de pessoas, um contingente estimado em 31,9% do público acreano nessa faixa etária.
De acordo com o IBGE, essa é a terceira maior proporção de desocupados do país. Isso faz com que o índice acreano fique atrás apenas do Maranhão, com 33,7%, e de Alagoas, com 32,2%. A porcentagem do Acre foi maior que a observada na média do Brasil, de 22,3%; e do Norte, de 25,3%.
Em 2022 a parcela de jovens nesta situação no ano passado foi menor que em 2021, quando chegou a 35,5%, atingindo 88 mil pessoas. Ainda em 2022, 75,8% do público acreano nessa faixa etária que nem estudava nem trabalhava estava fora da força de trabalho. Enquanto 24,2% estava desocupado.
Ainda de acordo com a pesquisa, a maior parte desse público estava fora da força de trabalho. São classificadas assim as pessoas que não estavam trabalhando nem buscavam meios para conseguir um emprego. Os que procuravam trabalho, mas estavam desempregados são classificados como desocupados.
A proporção de jovens que não estudavam nem trabalhavam foi maior no grupo de 18 e 24 anos de idade, com um total de 48 mil pessoas; seguida pelo de 25 a 29 anos, com 27 mil jovens. No de 15 a 17 anos, por outro lado, tinham 4 mil pessoas.
Na distribuição dos jovens entre 15 e 29 anos, a maior parcela é do grupo que não estuda e nem trabalha. Em seguida vem aqueles que só estudam (30,6%), seguido do grupo que só estava ocupado (29,7%). Já o menor grupo (7,8%) dos jovens nesta faixa etária era de quem estudava e estava ocupado.
Em todo o país, o número de jovens que não estudavam nem estavam ocupados foi de 10,9 milhões em 2022, o que corresponde a 22,3% das pessoas de 15 a 29 anos de idade. Do total, as mulheres de cor ou raça preta ou parda representavam 4,7 milhões (43,3%), enquanto as brancas formavam menos da metade desse montante: 2,2 milhões (20,1%).
Outros 2,7 milhões (24,3%) eram homens pretos ou pardos e 1,2 milhão (11,4%) eram homens brancos. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE.