Saiba quem são os advogados presos pela PF após suposto envolvimento com facções

A investigação teve início em janeiro de 2023 e revelou um esquema organizado capitaneado por alguns advogados

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Penal realizou na última quinta-feira (30) a Operação Cupiditas, na qual quatro advogados acreanos foram presos suspeitos de agirem como “pombos-correio” e transmitir mensagens dos chefes de organização criminosos nos presídios a membros nas ruas.

Três pessoas foram presas no Acre e uma no Espírito Santo, enquanto viajava com a esposa. Os advogados presos se tratam de Juliana Souza Pereira, Eronildo Macambira Braga Junior, Glenda Fernanda Santos Menezes e João Figueiredo Guimarães.

Os quatro passaram por audiência de custódia/ Foto: Reprodução

O último da lista já havia se envolvido com a Justiça em outubro de 2021, quando foi flagrado tentando entrar no Complexo Penitenciário de Rio Branco com quase meio quilo de entorpecente e cartas. Ele foi condenado a mais de sete anos por tráfico de drogas.

Os quatro passaram por audiência de custódia, nas quais as prisões foram mantidas. João Figueiredo segue em prisão domiciliar.

Relembre o caso

Operação Cupiditas, com o objetivo de desmantelar uma rede de transmissão de ordens de líderes de organização criminosa, que estão presos na Penitenciária Antônio Amaro Alves, para integrantes que estão em liberdade. A rede contava com a participação de advogados.

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A investigação teve início em janeiro de 2023 e revelou um esquema organizado capitaneado por alguns advogados que se utilizavam de suas prerrogativas para intermediar a transmissão de mensagens dos chefes da organização criminosa para membros das ruas, com a finalidade de manter a condução e organização dos trabalhos criminosos, tendo em vista que aqueles se encontram encarcerados.

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC) publicou uma nota de esclarecimento acerca da Operação. A instituição afirmou que quatro advogados inscritos na seccional Acre foram alvos da operação e que a está acompanhando o caso, a fim de garantir o respeito às prerrogativas dos profissionais.

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“A operação teve como alvos quatro endereços, sendo que um dos advogados não se encontrava na cidade de Rio Branco e foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva”, diz um trecho da nota.

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