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Acre é o 1º estado brasileiro a aderir selo internacional de compra e venda de crédito de carbono

Por Matheus Mello, ContilNet

O Acre voltou a ser destaque como pioneiro no mercado de crédito de carbono no país. O estado se tornou o primeiro do Brasil a aderir ao selo da Coalizão LEAF, uma organização não-governamental que atua na compra e venda desse mercado. Ela é uma entidade público-privada que reúne mais de 60 países, empresas multinacionais e organizações não governamentais focadas no fim do desmatamento das florestas tropicais até 2030. A informação foi divulgada pela coluna Maquiavel, da Revista Veja.

Agora com a adesão, o Acre firma a procedência dos ativos e a adaptação deles aos padrões internacionais estabelecidos no Acordo de Paris, de 2015/Foto: Pedro Devani

A assinatura foi feita durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Dubai, nos Emirados Árabes.

Agora com a adesão, o Acre firma a procedência dos ativos e a adaptação deles aos padrões internacionais estabelecidos no Acordo de Paris, de 2015. A ONG tenta mobilizar pelo menos 1 bilhão de reais em financiamento para países comprometidos com a proteção de suas florestas e redução do desmatamento. Além disso, a adesão ao selo está ligada a um programa de redução da emissão de poluentes com estímulo ao financiamento para reflorestar áreas de floresta tropical.

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Com cerca de 85% da cobertura florestal intacta, o Acre tem comprovado que é possível aliar a preservação do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico sustentável. Em 2023, o estado alcançou as maiores safras agrícolas dos últimos 30 anos e, ao mesmo tempo, reduziu as queimadas ilegais em 45%, em comparação com o ano anterior.

“O Acre foi o primeiro estado brasileiro a assinar com a Coalizão LEAF essa carta e isso só foi possível porque temos um Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais eficiente, uma excelente governança de políticas públicas ambientais, um conjunto de leis que assegura segurança jurídica e facilidade na articulação com as comunidades tradicionais e movimentos sociais”, disse o presidente da Companhia de Desenvolvimento e Serviços Ambientais (CDSA), José Gondim.

O governo do Acre espera que com o documento assinado, seja possível uma negociação de 10 milhões de toneladas de créditos de carbono. A expectativa é que as tratativas avancem ainda no primeiro semestre de 2024 e se revertam em benefício e melhoria da qualidade de vida das comunidades que vivem na zona rural.

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