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Acre é pioneiro no mundo em negociação jurisdicional de crédito de carbono

Por ASCOM

O Fundo Amazônia foi criado em 2008 por meio do Decreto 6.527

Diante dos desafios climáticos enfrentados pela humanidade, o Acre, mais uma vez, reafirma sua vanguarda ambiental e compromisso com a floresta em pé ao se tornar o primeiro local no planeta a estabelecer um sistema jurisdicional de negociação de crédito de carbono.

“Este é um modelo que abrange a totalidade de um território, neste caso, todo o estado do Acre, e não apenas uma área específica, e que também compreende a dinâmica da diminuição do desmatamento e emissão dos gases de efeito estufa”, explica Leonardo Carvalho, presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC).

Com cerca de 85% da cobertura florestal intacta, o Acre tem comprovado que é possível aliar a preservação do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico sustentável. Em 2023, o estado alcançou as maiores safras agrícolas dos últimos 30 anos e, ao mesmo tempo, reduziu as queimadas ilegais em 45%, em comparação com o ano anterior.

“Essa é a demonstração que é totalmente viável gerar negócios de valor a partir de soluções naturais. Somos uma grande reserva natural de ativos e o Acre passa a mensagem que é possível crescer com justiça climática”, argumenta o presidente da Companhia de Desenvolvimento e Serviços Ambientais (CDSA), José Gondim.

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, o governo do Estado, por meio da CDSA, assinou uma carta de intenções para negociar créditos de carbono com a Emergent, responsável pela Coalizão LEAF, entidade público-privada que reúne mais de 60 países, empresas multinacionais e organizações não governamentais focadas no fim do desmatamento das florestas tropicais até 2030.

“O Acre foi o primeiro estado brasileiro a assinar com a Coalizão LEAF essa carta e isso só foi possível porque temos um Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais eficiente, uma excelente governança de políticas públicas ambientais, um conjunto de leis que assegura segurança jurídica e facilidade na articulação com as comunidades tradicionais e movimentos sociais”, afirma Gondim.

O documento prevê a negociação, nos próximos anos, de 10 milhões de toneladas de crédito de carbono. A expectativa é que as tratativas avancem ainda no primeiro semestre de 2024 e se revertam em benefício e melhoria da qualidade de vida das comunidades que vivem na zona rural.

“Estamos tratando de algo que pode render, no mínimo, algo em torno de 100 milhões de dólares ao nosso estado. Com estes recursos, vamos poder atender as necessidades dos povos indígenas, dos extrativistas e dos pequenos produtores rurais. Muito mais que isso, o Acre dá a sua contribuição no combate às mudanças climáticas e mostra ao mundo o valor imensurável da floresta em pé”, declarou Leonardo Carvalho.

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