Nas Américas, a Venezuela, o Brasil e a Colômbia, juntos, representaram 80,0% dos casos autóctones do continente sul-americano em 2021.
Em relação ao Brasil, cerca de 99,9% dos casos de malária ocorrem na região amazônica, onde, em 2021, 33 municípios concentraram mais de 80% do total de casos do País. A doença é transmitida através da picada do mosquito anopheles, e três espécies do protozoário que circulam no Brasil podem causar malária humana: Plasmodium falciparum, P. vivax e P. malariae.
No ano de 2022 foram notificados no Brasil 131.224 casos de malária, uma redução de 6,6% em comparação ao ano anterior, quando foram notificados 140.488 casos. Cerca de 2.256 (1,7%) casos notificados foram importados para o Brasil de outros países, principalmente aqueles localizados na América do Sul, tais como: Peru – 678 casos; Guiana – 529 casos; Venezuela – 498 casos; e Bolívia – 226 casos.
Ainda em 2022, o Acre liderou o ranking de estados na Região Norte com maior transmissão em áreas rurais. Em números gerais da Amazônia, o estado ficou atrás apenas do Maranhão.
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O ranking: Maranhão (76,1%), Acre (70,4%), Rondônia (52,3%) e Pará (40,5%).
Um ano depois, no Acre, o estado registrou mais de 2,1 mil casos de malária nos cinco primeiros meses de 2023, segundo dados são do resumo epidemiológico do Departamento de Vigilância Sanitária em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).
Apesar do número alto, os dados apontam que houve uma redução de 32% nas notificações, quando comparado ao mesmo período em 2022, quando foram registrados 3.194 casos de malária em todo o estado.
Entre 2018 a 2022, o Acre só registrou 6 óbitos por conta da doença. O ano de 2021 foi o mais letal, com 3 óbitos.
Campanha de eliminação da malária
O Acre está entre os estados brasileiros com maior taxa de malária, em virtude disto, em maio de 2022, aderiu ao Plano Nacional do Ministério da Saúde de Eliminação de malária até 2035.
Entre as metas, estão a de chegar a 2025 com menos de 68 mil casos, a 2030 com menos de 14 mil casos autóctones (que têm transmissão relatada dentro do Brasil) e de eliminação total da doença até 2035.