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Acre tem mais motos no trânsito do que qualquer outro tipo de veículo, diz pesquisa

Por Tião Maia, Contilnet

Levantamento da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), divulgado nesta quarta-feira (10), a pedido do Portal de Notícias da Rede Globo de Televisão (G1), revelou que os habitantes de todas as 22 cidades do Acre, incluindo a Capital Rio Branco, utilizam a moto como o principal veículo de transportes. Em cidades como Marechal Thaumaturgo, esse meio de transportes chega a ser de mais de 84% em relação à frota de veículos, segundo o levantamento.

Motos e carros no trânsito de Rio Branco/Foto: Reprodução

Os números mostram que, no Brasil, uma em cada três cidades brasileiras têm mais motos registradas do que qualquer outro tipo de veículo motorizado. O Acre não foge à regra e é, na Região Norte do país, o Estado em que o número de registro de motos é superior ao de carros em todos os municípios. Nas cidades de Marechal Thaumaturgo (84,46%), Porto Walter (83,04%) e Santa Rosa do Purus (77,82%) predominam o registro de motocicletas.

Em Rio Branco, a Capital, 47,29% dos veículos são motos. O ranking de motos nos municípios é o seguinte:

Marechal Thaumaturgo – 84,46%
Porto Walter – 83,04%
Santa Rosa do Purus – 77,82%
Rodrigues Alves – 77,2%
Jordão – 75,29%
Tarauacá – 74,16%
Feijó – 72,71%
Mâncio Lima – 70,23%
Sena Madureira – 69,35%
Xapuri – 69,22%
Assis Brasil – 69,12%
Cruzeiro do Sul – 65,43%
Manoel Urbano – 61,76%
Porto Acre – 58,99%
Acrelândia – 55,65%
Plácido de Castro – 55,49%
Capixaba – 54,01%
Brasiléia – 51,24%
Bujari – 48,98%
Rio Branco – 47,29%
Senador Guiomard – 47,6%
Epitaciolândia – 46,61%

Os números de motos registradas no Acre reflete o que ocorre em todo o país, quando o número de motos emplacadas no Brasil cresceu mais de 5 vezes nos últimos 20 anos: o número passou de 5,7 milhões de veículos em 2003 para 21,9 milhões em 2013 e para 32,3 milhões em 2023 (até o mês de setembro).

A quantidade de carros também subiu, mas em um ritmo menor. De 26,6 milhões para 76,3 milhões – quase triplicou. Essa diferença fez com que as motos passassem de 16% da frota de veículos automotores em 2003 para quase 28% em 2023.

Em números absolutos, porém, o Brasil continua a ter mais carros do que motos: 64% da frota brasileira ainda é de quatro rodas.

Entre as razões da mobilidade, a preferência pela aquisição de motos em detrimento do conforto do transporte sobre quatro rodas, está o aspecto econômico. É que adquirir uma moto sai mais barato que comprar um carro, segundo números de pesquisa do Instituto de Pesquisa Avançada (Ipea). Outro fator que explica o crescimento das motos no trânsito é o uso dos aplicativos de entregas de comida e pequenos objetos, avalia a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA).

Isso faz com que, na região Norte do país, oito em cada 10 cidades tenham mais motos registradas do que carros ou qualquer outro veículo. No Nordeste, segundo o Senatran, o número é de 7 em cada 10 motos.

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