O advogado Wellinton da Silva, que patrocina a defesa do ex-secretário municipal de esportes de Plácido de Castro, Liomar de Jesus Mariano, o “Mazinho”, um dos sete réus pelo assassinato do ex-prefeito Gedeon de Barros, vai voltar a bater às portas da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) pedindo a liberdade de seu cliente. A alegação é de que “Mazinho” é inocente e que seu indiciamento como réu e a prisão são injustas.
O advogado Wellington Silva vai entrar com um pedindo de habeas corpus e afirma inclusive que Mazinho Mariano e Gedeon de Barros eram amigos, que vem colaborando com as investigações desde o início do processo. No pedido ao Tribunal de Justiça, o advogado deve apresentar dados bancários, telefônicos provando que as relações entre o acusado e a vitima eram boas. O advogdo vai lembrar que tais relações eram boas de tal forma que “Mazinho” chegou inclusive a integrar como candidato a vice-prfeito da chapa de Gedeon Barros nas eleições municiais de 2020, quando o então prefeiot disputou a reeleição e acabou derrotado.
O ex-prefeito Gedeon Barros foi morto em 20 de maio de 2021, no estacionamento do pátio da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), no bairro Santo Inês, na Br-364, em Rio Branco. O prefeito parou o carro que dirigia para possivelmente atender a um telefonema em seu celular quando foi surpreendido por dois homens que estavam num moto. Um deles disparou à queima roupa, em sua cabeça. O ex-prefeito morreu na hora.
SAIBA MAIS: Sete pessoas viram réus acusadas pelo assassinato de ex-prefeito do Acre; veja os nomes
É exatamente o depoimento de um dos acusados pela execução, João da Silva Cavalcante Junior, que pilotava a moto em companhia de Sairo Gonçalvez Petronilio, apontado como autor dos disparos, que complicou a vida de “Mazinho”. Em delação premiada, visando diminuição de sua pena, João da Silva Cavalcante apontou o ex-secretário como mandante do crime, ao lado do comerciante Carmélio da Silva Bezerra, conhecido por “Véio”. A causa do crime seria uma dívida de Geddeon Barros no valor de R$ 130 mil junto a “Vei”, que viveria de emprestar dinheiro a juros, como agiota, que teria relações comerciais com “Mazinho”.
Na delação, além de apontar “Mazinho” e “Veio” com mandantes, João da Silva Cavalcante apontou os demais envolvidos: Clebson Rodrigues do Nascimento e Weverton Monteiro Oliveira – apontados como responsáveis pela contratação dos executores.
Antônio Severino de Souza – apontado como responsável por repassar informações sobre Gedeon Barros e contribuir para a emboscada.
O delator disse ainda que a ideia inicial fazer com que a execução parecesse um latrocínio, o roubo seguido de morte, para que a polícia não chegasse aos mandantes. Todos os acusados, que passaram a ser réus por decisão do juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, deverão ir a julgamento ainda neste primeiro semestre do ano, em data ainda não definida.