Comandante da PM diz que tornozeleiras não servem mais e faz apelo à Justiça: ‘Precisamos de apoio’

Desabafo aconteceu durante uma entrevista à TV Gazeta, nesta quarta (31)

Durante entrevista concedida à TV Gazeta nesta quarta-feira (31), o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar do Acre, tenente-coronel Felipe Russo, fez um desabafo sobre o combate à criminalidade no estado.

Ao explicar sobre uma ação que acabou com um tiroteio entre bandidos no Loteamento do Amapá e prendeu 3 indivíduos, o coronel disse que um dos acusados já eram reincidentes e monitorados por meio de tornozeleira eletrônica.

Felipe Russo é o 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM)/Foto: Douglas Barros

“Iria acontecer uma chacina no local se a guarnição não estivesse fazendo patrulhamento preventivo. Com esses indivíduos nós conseguimos apreender mais duas armas de fogo, duas pistolas com 28 munições. Um dos presos é monitorado, usa tornozeleira eletrônica. Esse equipamento não está servindo para nada. Para evitar crimes. É um indivíduo reincidente, que está monitorado, mas estava ali realizando esses ataques. Um preso que nós estamos reapresentando ele à Justiça. Tem que haver um posicionamento diferenciado. Nós esperamos que esses presos realmente recebam o tratamento que eles precisam receber nesse momento”, disse.

O comandante segue dizendo que esse tratamento mais severo precisa ser dado pelo Poder Judiciário. “Nós precisamos do apoio de todos, do Ministério Público também. Porque não adianta só a gente fazer a nossa parte. A gente não está vendo a continuidade disso. A população ainda está sofrendo lá na ponta. A gente precisa desse esforço conjunto para que tudo dê certo”, desabafou.

Russo aproveitou para concluir falando dos números do 2º Batalhão da PM em Rio Branco. Apenas no mês de janeiro foram apreendidas 50 armas de fogo e mais de 800 munições, além de 88 indivíduos presos ou apreendidos. “Números que antes nunca foram alcançados em um único mês”, concluiu.

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