A acreana Raimunda Nonata, moradora do bairro da Várzea, em Cruzeiro do Sul, denunciou a Maternidade do município por suposta negligência, após a filha nascer morta na última semana.
O caso foi divulgado pelo site Juruá Online. De acordo com a denúncia, ao completar 9 meses de gestação, ela começou a sentir dores de parto e procurou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Raimunda foi encaminhada à Maternidade Geral de Cruzeiro do Sul.
Porém, ao chegar à unidade, ela havia sido informada que o médico de plantão teria marcado sua cirurgia de cesariana para o dia seguinte, às 7 horas da manhã. Raimunda foi instruída a voltar para casa e se preparar para o parto.
No entanto, no dia seguinte, ao chegar no hospital, ela foi informada que o parto seria adiado mais uma vez.
Ao retornar para casa, Raimunda percebeu que a filha já não mexia mais na barriga e procurou um posto de Saúde. Na hora, foi atestado o óbito da criança.
Em resposta às acusações, a gerente da Maternidade de Cruzeiro do Sul, Igle Monte, informou que Raimunda deu entrada no hospital no dia 2, no período da noite, e pediu para ir para casa.
Ainda segundo a gerente, no dia 03, Raimunda retornou ao hospital, recebeu atendimento e foi liberada com todas as orientações necessárias pelo médico. Dois dias depois, no dia 05, ela voltou para a unidade e o bebê já estava morto.
A gerência do hospital alegou ainda que Raimunda, mesmo sendo orientada a permanecer na unidade, optou por ir para casa na noite seguinte. Com o bebê morto, ela teria recebido toda a assistência da unidade.
Raimunda é dona de casa, tem 29 anos de idade, e esperava o quarto filho. Ela já é mãe de três crianças, e sustenta seus filhos por meio do programa Bolsa Família, com um auxílio mensal de 600 reais.