Instaurado em comemoração à posse do primeiro carteiro da corte portuguesa – isso, lá no século 17 -, o Dia do Carteiro é comemorado todo dia 25 de janeiro. Para lembrar a data, o ContilNet conversa com seu Manoel Ferreira, de 49 anos, que é carteiro há 23 anos pela CDD (Centro de Distribuição) 6 de Agosto, em Rio Branco.
A profissão – que hoje é bastante ligada aos pacotes que esperamos e conferimos o código de rastreio ansiosos pelo carrinho amarelo que o carteiro dirige – data desde a Grécia Antiga, passando por todos os períodos de evolução da sociedade desde então e participando ativamente de eventos históricos, como Paulo Bregaro na Independência Brasileira.
Porém, para seu Manoel, a importância de ser carteiro é menos “politicamente complexa”, mas mesmo assim, importante, ela tem a ver com a qualidade de vida de sua família:
“Fiz o concurso em 1997 e entrei em 2001 na empresa, graças a Deus. Tenho muito orgulho. Até porque, é de onde eu tiro o sustento da minha família e tenho criado meus filhos!”.
Tendo enfrentado desde cachorros o perseguindo e o mordendo, até as fortes mudanças de clima – carteiros entregam na chuva torrencial ao calor de 40 graus -, seu Manoel reflete como, ainda assim, a profissão tem suas regalias, como ele fala, “ele trabalha dentro de um carro”.
Sobre as mudanças da profissão que ele viveu, o entrevistado destaca a pandemia como um ponto de virada. Segundo o carteiro, o pedido de entrega “evoluiu mais”, embora ele deixe claro que hoje em dia, sente que estão normais.
“A gente trabalha nos Correios de forma unida e tem contato com as outras unidades também. Sempre que a gente pode, final de ano ou início, geralmente, a gente se confraterniza”.
Sobre a profissão, seu Manoel afirma que “ser carteiro é maravilhoso” e também, ele se sente muito orgulhoso de estar na empresa em que trabalha, na profissão que exerce – afinal, são mais de 20 anos no batente.
Por fim, seu Manoel manda o recado: “Quem quiser se tornar carteiro, venha!”. O que não deixa de ser uma ironia, já que todos os dias, os que vão em nossas casas, nos ajudar durante o cotidiano agitado em que estamos inseridos, são eles.