Um indígena de 44 anos foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruzeiro do Sul, no último domingo (7), após ser vítima de estupro em uma sela da Unidade Penitenciária Manoel Neri da Silva. Ele apresentava um sangramento e precisou ser encaminhado para atendimento médico.
Estavam junto com ele na cela outros quatro indígenas. Segundo o diretor da Unidade, Elves Barros, os Policiais Penais foram acionados e o encontraram sangrando. O indígena relatou o estupro e contou que deram algum remédio para ele dormir.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os indígenas devem ficar separados dos demais presos, ficando em grupo.
Em depoimento ao delegado Adam Ximenes, a vítima relatou que foi espancada pelos demais companheiros de cela e perdeu os sentidos, após isso, acordou com um sangramento anal. Um exame foi feito e vai esclarecer se houve conjunção carnal, caso comprovado, o autor do crime será indiciado por estupro.
Em nota, o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) informou que todas as providências com relação ao caso já estão sendo adotas. Confira:
O governo do Estado, por meio do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), informa que todas as providências em relação à suspeita de abuso sexual na cela destinada exclusivamente a presos declarados indígenas do Presídio Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul, estão sendo tomadas.
No sábado, 6, um detento relatou à direção do presídio que acredita ter sido dopado e agredido, por outro detento indígena, enquanto estava desacordado. Além disso, vale ressaltar que havia outros quatro presos na mesma cela.
Ao tomar conhecimento do caso, a direção do presídio, de imediato, levou o detento para atendimento médico, para que fossem feitos os devidos exames. O reeducando também foi transferido para outra cela. Uma sindicância interna foi aberta e o caso também é investigado pela Polícia Civil.
É importante mencionar que o primeiro laudo da perícia técnica foi inconclusivo, todavia, novos exames estão sendo realizados para verificar a autenticidade da denúncia.
Alexandre Nascimento
Presidente do Iapen/AC