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Meningite: Acre registra diminuição de casos, mas número de mortes aumenta, diz Sesacre

Por Suene Almeida, ContilNet

/Foto: Reprodução

Dados do Boletim Epidemiológico de Meningites, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), mostram que apesar da redução do número de casos confirmados da doença, a taxa de letalidade no Acre foi de 45,4% em 2023.

No ano passado, foram registrados 11 casos de meningite, destes, cinco resultaram em morte. O número de casos confirmados da doença apresentou redução, quando comparado com o ano anterior, quando o estado teve 18 casos confirmados, no entanto, as mortes em decorrência da doença foram quatro, resultando em uma taxa de letalidade de 22,2%.

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção da meningite bacteriana/ Foto: Reprodução

O ano de 2023 registrou a maior taxa de letalidade dos últimos cinco anos. Em 2019, foram registrados 25 casos de Meningite, enquanto o número de mortes chegou a nove, o que corresponde a uma taxa de letalidade de 36%, a segunda maior do período.

Rio Branco foi o município acreano com maior número de casos, totalizando três. As demais cidades que registraram casos de Meningite foram Assis Brasil, Epitaciolândia, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Senador Guiomard e Tarauacá, todos com registro de um caso, cada.

Sobre a doença

A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A doença pode ser desencadeada por vários tipos de agentes, sendo os principais, vírus e bactérias.

A meningite bacteriana, mais frequente em nosso país, é causada por uma bactéria vulgarmente denominada de meningococo. Trata-se de uma doença grave, que envolve o sistema nervoso central e pode levar à morte. A meningite atinge pessoas de todas as idades, sendo as crianças menores de cinco anos, adolescentes e idosos normalmente os mais afetados. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção da meningite bacteriana.

No Brasil, as principais ocorrências de meningite bacteriana, de relevância para a saúde pública, são as causadas por N. meningitidis (meningococo), S. pneumoniae (pneumococo) e H. influenza b (hemófilos). O pneumococo é a segunda maior causa de meningite bacteriana no Brasil. Também é responsável por outras doenças invasivas, como pneumonia, bacteremia, sepse e doenças não invasivas, como otite média, sinusite, entre outras. No Brasil, as crianças de até 2 anos de idade são as mais acometidas pela meningite pneumocócica.

As meningites são transmitidas por contato direto pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes. O período de incubação dura em média, de 3 a 4 dias, podendo variar de 2 a 10 dias.

Sintomas

Os principais sintomas indicativos de meningite viral são:

Febre;
Dor de cabeça;
Irritabilidade;
Falta de apetite;
Náuseas ou vômitos.

Já os sintomas de meningite bacteriana são:

Febre alta;
Dor de cabeça intensa;
Náuseas e vômitos;
Irritabilidade;
Manchas vermelhas na pele;
Confusão mental.

As principais características de um quadro de meningite fúngica são:

Dor de cabeça forte;
Cansaço e sonolência;
Convulsões;
Confusão mental.

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