Condenado em 2022 pelo assassinato da jovem Johnliane Paiva, ocorrida durante um racha em Rio Branco, o engenheiro Ícaro Paiva continuou recebendo o salário proveniente do cargo de auxiliar administrativo no Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (Sinproacre), mesmo após a sentença.
A informação foi revelada com exclusividade ao ContilNet, que teve acesso aos comprovantes de pagamentos do salário de Ícaro. Acontece que a mãe dele, Alcilene Gurgel, já foi presidente do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (Sinproacre), instituição onde Ícaro é contratado.
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Ícaro foi julgado e condenado em maio de 2022. Meses depois, segundo dados checados pelo ContilNet, em outubro, ele foi contratado pelo Sinproacre, com um salário de R$ 2.424,00. Já em 2023, Ícaro teve o salário reajustado duas vezes. Uma em janeiro, quando o valor aumentou para R$ 2,604,00. Em maio do mesmo ano, houve mais um aumento, desta vez para R$ 2.851,20.
Em outubro de 2023, a defesa de Ícaro protocolou uma petição que afirmava que o condenado não tinha condições de arcar com a indenização mínima de R$ 100 mil, exigida na sentença, a ser paga à mãe da jovem Jonhliane Paiva, a aposentada Socorro Paiva.
O ContilNet tentou contato com a defesa de Ícaro através do número disponibilizado nas redes sociais da advogada Helana Cristine. Porém, até o fechamento da matéria, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para a versão da defesa.