A expectativa do governo federal é realizar novo Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) em 2026. A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou, em entrevista exclusiva ao Metrópoles, nesta quinta-feira (25/1), que o primeiro certame irá funcionar como avaliação para uma nova edição.
“Nossa ideia é que a gente possa de fato tornar isso uma coisa recorrente, fazer para as outras áreas que não vão ter o cadastro reserva. Então a gente está estudando isso. A nossa ideia é que a gente possa aprender com o primeiro”, destacou Esther Dweck.
Conhecido popularmente como “Enem dos Concursos”, o conjunto de editais oferece 6.640 vagas para órgãos públicos federais. As provas irão ocorrer no dia 5 de maio, em 220 cidades espalhadas pelo Brasil.
A ministra afirmou que, além dos nomeados ainda neste ano, a intenção é que o Concurso Unificado tenha um cadastro reserva para os servidores.
“As pessoas que estão ali que vão ficar no cadastro reserva, elas vão poder ser chamadas futuramente e também podem ser chamadas para um trabalho temporário, sem perder o direito a entrar se forem chamadas para uma vaga permanente”, enfatizou a ministra da Gestão.
Inscrição
As inscrições para o Concurso Unificado começaram na última sexta-feira (19/1) e vão até 9 de fevereiro. São esperados mais de 3 milhões de inscritos. Até o momento, já foram registradas 800 mil inscrições.
Para participar do Enem dos Concursos, é necessário ter cadastro no Gov.br. As inscrições são realizadas no site da Cesgranrio, banca organizadora do certame.
O valor das inscrições é de R$ 60 para vagas de nível médio e de R$ 90 para aquelas de nível superior.
Veja a transcrição da declaração da ministra:
“Olha, essa é a nossa vontade [realizar um concurso em 2026). Óbvio que tudo depende do orçamento, que a gente tem autorização de vagas que permita fazer um concurso como esse, porque não tem sentido fazer um concurso desse tamanho para poucas vagas. Ele faz sentido para muitas vagas. Neste são mais de 6 mil vagas, são 6.640.
A gente ainda inovou numa coisa importante, que é: quem estiver no cadastro de reserva pode ser chamado para uma vaga temporária nos órgãos onde foi feito concurso. Porque hoje em dia a gente tem um problema grave. Quando o órgão precisa de um servidor temporário, ele precisa fazer um processo que é quase tão demorado quanto um concurso para um servidor efetivo. E aí isso realmente muitas vezes inviabiliza aquela urgência.
Então, na verdade, as pessoas que estão ali que vão ficar no cadastro reserva, elas vão poder ser chamadas futuramente e também podem ser chamadas para um trabalho temporário, sem perder o direito a entrar se forem chamadas para uma vaga permanente.
Então, realmente foi algo muito importante que tem nos ajudado. E a nossa ideia é que a gente possa de fato tornar isso uma coisa recorrente, fazer para as outras áreas que não vão ter o cadastro reserva. Então, a gente está estudando isso.
A nossa ideia é que a gente possa aprender com esse primeiro. Tem toda a experiência do Enem, mas tem especificidades em ser um concurso público para um cargo, e não para uma universidade, tem umas nuances importantes, diferenças. Então, para a gente, essa experiência vai ser importante para que a gente aprimore e continue fazendo. Até agora foi um sucesso, eu acho, até da análise crítica. Vi pouquíssima gente questionando o modelo. A maior parte das pessoas realmente gostou da proposta.”