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Partidos no Acre podem criar frente única e disputa por Prefeitura de Rio Branco pode sofrer reviravolta

Por Tião Maia, ContilNet

Prefeitura de Rio Branco. Foto: Juan Diaz/ContilNet

Está em curso no país, neste início de janeiro de 2024, articulações para a criação de uma frente partidária ou mesmo uma Federação com matiz ideológica voltada ao campo de centro-direita. A frente poderá juntar vários partidos e, se concluídas as articulações, isso terá impacto não apenas nas eleições municipais deste ano como também nas disputas nacionais e locais de 2026.

As articulações para a criação da nova frente ou Federação incluem dirigentes de Partidos como Republicanos, PP e União Brasil. Pela legislação em vigor, a frente, se criada, valeria pelo menos até 2028 e seria uma nova força política com mais de 170 deputados federais e 17 senadores, e pelo menos três potenciais candidatos à Presidência: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

O senador Marcio Bittar (União Brasil-AC) disse ao ContilNet, nesta quarta-feira (3), que tem conhecimento da articulação e que a ideia não só seria uma frente e sim uma Federação Partidária, que tem peso de partido. “As executivas do União Brasil e do PP estão bem animadas em relação a isso”, disse Bittar ao admitir a existência ds articulações. “Mas, particularmente, acho difícil de isso acontecer”, ponderou.

Marcio Bittar na Câmara de Rio Branco/Foto: Ascom

Difícil porque, segundo o senador, são muitos interesses envolvidos em 26 executivas e mais o Distrito Federal, além de envolver três Partidos. “Acho difícil mas também não digo impossível. Eu achava impossível a união dos extintos DEM com o PSL e ela aconteceu. Por isso não digo que essa nova Federação seja impossível, só acho difícil de se concretizar”, acrescentou.

Embora haja dificuldades para a criação da Federação no restante do país, no Acre o fato já está acontecendo, lembrou o senador. “Embora não haja algo formal neste sentido, no Acre já avançamos em relação a isso porque temos um grupo dos três partidos que pensa igual em relação às eleições municipais e tudo caminha para uma candidatura única desses partidos para a Prefeitura em 2024 e o Governo, em 2026”, disse Bittar.

Ainda que possa parecer difícil de ocorrer, a criação da possível Federação pode acontecer porque lideranças políticas com força no Congresso, como o próprio presidente Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, e o presidente da Câmara, Artur Lira, são defensores da ideia. “O senador Davi Alcolubre, do Amapá, também parece animado com a ideia”, admitiu Márcio Bittar.

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