Pesquisa sobre insetos aquáticos do Acre é tema de artigo publicado em revista internacional

Estudo foi feito no Parque Estadual do Chandlless, que é a maior Unidade de Conservação Estadual do Acre em área, ocupando 4% do estado

Os insetos aquáticos do Parque Estadual do Chandlless foram alvo de uma pesquisa publicada na revista “Research, Society and Development, intitulado “A realidade do Parque Estadual Chandlless e o seu potencial como área de estudos para a pesquisa de entomologia aquática no Sudoeste da Amazônia”.

O artigo é um estudo feito pelo mestrando em Ciência, Inovação e Tecnologia para Amazônia (Cita), da Universidade Federal do Acre (Ufac), Valdemar de Matos Paula, e teve como coautores os servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) Flávia Dinah Rodrigues de Souza, gestora do parque, e o mestrando em Ciências Florestais, Moises Parreiras Pereira.

Pesquisa foi feita no Parque Estadual Chandlless (PEC)/Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema

“A principal intenção do trabalho foi instigar o conhecimento de algo nosso, para que, assim, possamos conservar e garantir para as gerações futuras, seja a diversidade de insetos aquáticos, como também os lagos, igarapés e bacias do local. É preciso conhecer para conservar e isso só é possível indo a campo, conhecendo e partilhando dados científicos com a comunidade de forma geral”, disse o autor do estudo, Valdemar Matos, que também é biólogo e trabalha com ecologia de ecossistemas aquáticos.

Parque Estadual Chandlless

O PEC é a maior Unidade de Conservação Estadual do Acre em área, ocupando 4% do estado e fica localizado nos municípios de Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira. Faz fronteira com o Peru e possui peculiaridades ambientais, como o Centro de Dispersão do Bambu na Amazônia ocidental.

Parque Estadual Chandlless (PEC) é uma unidade de coservação gerida pela Sema/Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema

A gestora do Parque, Flávia Dinah, destacou que o potencial do Chandlless é alto e que pesquisas como essas, são indicadores de eventuais mudanças climáticas, já que algumas espécies não se desenvolvem em águas mais quentes, por exemplo. “Assim, o parque tem todas as condições logísticas de oferecer aos pesquisadores e os mesmos podem desfrutar de um ambiente ainda pouco estudado em comparação com outros sítios amazônicos”, disse.

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