‘Prazer sexual é um presente de Deus’, diz Papa Francisco

Pontífice discursou sobre vícios da luxúria e afirmou que prazer pode ser "minado pela pornografia"

Durante uma audiência geral na manhã desta quarta-feira, o Papa Francisco afirmou que o prazer sexual é um “presente de Deus”. O pontífice falou com fiéis na sala Paulo Vl sobre o vício da luxúria.

Ele diz que no cristianismo não há “condenação do instinto sexual”. Para o argentino, o prazer sexual deve ser valorizado, mas é “minado pela pornografia”, já que a “satisfação sem relacionamento” pode gerar “formas de dependência”.

— Vencer a batalha contra a luxúria, contra a “objetificação” do outro, pode ser uma empreitada ao longo da vida. O verdadeiro amor não possui, ele se doa; servir é melhor do que conquistar. Porque se não há amor, a vida é triste, é uma solidão triste.

O Papa ainda falou que castidade e abstinência sexual não são a mesma coisa. Ele explicou que esta virtude deve estar “ligada à vontade de nunca possuir o outro”. O pontífice ainda classificou a luxúria como um “vício perigoso”.

— Quantos relacionamentos que começaram da melhor maneira possível acabaram se tornando relações tóxicas, de posse do outro, carentes de respeito e senso de limites? Devemos defender o amor, o amor do coração, da mente, do corpo, o amor puro no ato de se entregar ao outro. E esta é a beleza da relação sexual.

Vaticano autorizou que casais do mesmo sexo recebam bênçãos não litúrgicas

Num documento publicado em 18 de dezembro e aprovado pelo Papa Francisco, o Dicastério para a Doutrina da Fé autorizou a bênção de casais “irregulares” aos olhos da Igreja, incluindo casais que contraíram matrimônio mais de uma vez ​​e casais do mesmo sexo, desde que essa bênção fosse realizada fora dos rituais litúrgicos.

A Igreja entendeu que “as pessoas que procuram o amor e a misericórdia de Deus” não devem ser sujeitas a “uma análise moral exaustiva”.

Entretanto, duas semanas depois, o Vaticano esclareceu que as bênçãos para os homossexuais “não são ritualizadas” e que se caracterizam “pela simplicidade e brevidade da sua forma” porque “não pretendem justificar algo que não é moralmente aceitável”.

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