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Saiba quem é o brasileiro multimilionário que quer pagar mais impostos

Por Metrópoles

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Imagem de João Paulo Pacífico, do Grupo Gaia - Metrópoles

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Cerca de 250 milionários e bilionários divulgaram uma carta aberta a líderes globais reunidos em Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial e apresentaram um pedido inusitado: desejam pagar mais impostos, para diminuir a desigualdade.

Entre os signatários do documento, está um brasileiro. Trata-se de João Paulo Pacífico, de 45 anos, fundador do grupo de investimentos Gaia. Ele é escritor, ativista e conselheiro do Greenpeace.

Formado em Engenharia, Pacífico é autor dos livros “Onda Azul” e “Seja Líder Como o Mundo Precisa”. Além da experiência literária, o empresário foi apresentador de programas de rádio e colunista de algumas publicações, escrevendo, em geral, sobre bem-estar no ambiente corporativo.

Do mercado financeiro às cooperativas do MST

Atualmente, Gaia investe em projetos sociais e colabora com as cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Ele atua há mais de 20 anos no mercado financeiro.

Em 2009, o empresário fundou o Grupo Gaia, uma empresa de investimentos. Por meio dela, Pacífico levou cooperativas agrícolas ligadas ao MST a atuarem no mercado financeiro.

Em 2022, no entanto, a Gaia foi doada para uma ONG, que reverteu o valor em projetos de impacto social, entre os quais a construção de casas populares. A empresa seguiu existindo, mas os sócios deixaram seus cargos e permaneceram na companhia como funcionários “normais”.

“Não adianta eu querer reduzir a desigualdade social e continuar acumulando recursos. Quero combater o vício em dinheiro que existe no mercado financeiro”, afirmou Pacífico, em entrevista ao jornal Valor Econômico, na época da mudança na empresa.

“Orgulho de pagar mais”

Entre os multimilionários de 17 países que assinaram a carta aos líderes do Fórum Econômico Mundial, estão nomes como Abigail Disney (herdeira do império da Disney), o ator e roteirista Simon Pegg, o músico e compositor Brian Eno e o ator Brian Cox, da premiada série Succession.

“Estamos surpresos que vocês fracassaram em responder a uma simples pergunta que estivemos fazendo durante três anos: quando vocês vão taxar a riqueza extrema?”, indagam os signatários do documento, intitulado “Proud to pay more” (“Orgulho de pagar mais”, em português).

“Se os representantes eleitos nas principais economias do mundo não adotarem medidas para lidar com o aumento dramático da desigualdade econômica, as consequências continuarão a ser catastróficas para a sociedade”, diz a carta.

“Nosso pedido é simples: pedimos que nos taxem, os mais ricos da sociedade. Isto não irá alterar fundamentalmente o nosso nível de vida, privar os nossos filhos ou prejudicar o crescimento econômico dos nossos países. Mas transformará a riqueza privada extrema e improdutiva em um investimento para o nosso futuro democrático comum”, concluem os multimilionários.

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