Departamento Corretivo do Alabama
Está marcada para esta quinta-feira (25/1), no estado do Alabama, nos Estados Unidos, uma execução que ganha destaque pela “inovação” no método a ser utilizado. Kenneth Smith, de 58 anos, está prestes a se tornar o primeiro condenado à morte no país norte-americano a enfrentar a asfixia por gás nitrogênio.
A execução, agendada para ocorrer entre a meia-noite desta quinta e às 6h de sábado, despertou atenção da mídia internacional.
Smith, condenado pelo assassinato encomendado da esposa de um pastor em 1988, tentou, sem sucesso, adiar o veredicto com dois recursos de última hora. O primeiro foi negado pela Suprema Corte dos EUA, enquanto o segundo aguarda julgamento em uma Corte de Apelações.
Quem é Kenneth Smith
Nascido em 4 de julho de 1965, Kenneth Eugene Smith, de 58 anos, é um criminoso americano condenado, em 1988, por assassinar Elizabeth Sennett.
Ele e um cúmplice, John Forrest Parker, foram contratados pelo pastor Charles Sennett, marido de Elizabeth, para matá-la.
Endividado, o pastor visava ficar com o dinheiro do seguro de vida da esposa. Contudo, suicidou-se após o crime.
Smith e o cúmplice foram condenados. Parker foi executado por injeção letal em junho de 2010, enquanto Kenneth continua no corredor da morte.
A execução do criminoso ganhou notoriedade em novembro de 2022, quando a tentativa de aplicar a injeção letal falhou. Amarrado a uma maca por mais de uma hora, o condenado passou por sofrimentos físicos e psicológicos, resultando, segundo a defesa, em transtorno de estresse pós-traumático.
Controvérsia
A decisão de utilizar o gás nitrogênio como método alternativo gerou polêmica, com a defesa alegando que Smith está sendo submetido como uma “cobaia” a um procedimento novo e experimental.
O diretor-executivo da ONG Equal Justice Initiative, Bryan Stevenson, expressou preocupação, destacando a tentativa anterior “torturante” e questionando a necessidade de uma segunda.
A controvérsia ultrapassou as fronteiras nacionais, com o Escritório de Direitos Humanos da ONU e a Anistia Internacional defendendo para que o Alabama reconsidere a execução.
A porta-voz do alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, ressaltou a alarmante iminência da execução e criticou a escolha de um método jamais testado.