De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, o suspeito de matar a enfermeira Íris Rocha monitorava a vítima “24 horas por dia”. O corpo da mulher, que estava grávida de oito meses, foi encontrado às margens de uma estrada rural do município de Alfredo Chaves.
Nesta quinta-feira (18/1), a Polícia Civil informou ter prendido o ex-namorado da vítima, identificado como Cleilton Santana dos Santos, por suspeita de ser o responsável pela execução. Segundo a corporação, o homem tinha um relacionamento abusivo com Íris.
“Ele passava 24 horas por dia monitorando a vítima. Ela estava em um relacionamento muito abusivo, completamente abusivo. Ele controlava toda a vida dela”, detalhou a delegada Maria da Glória Pessotti, titular da Delegacia de Polícia de Alfredo Chaves.
As investigações indicaram que o suspeito chegava a passar horas do lado de fora do trabalho da vítima, na Universidade Federal do Espírito Santo, para monitorá-la. Além disso, o telefone de Íris seria controlado por ele, que chegava a responder mensagens.
Nesta quinta, após a prisão do suspeito, a polícia detalhou que ela sofria agressões físicas e que só usava roupas longas, provavelmente para esconder marcas de agressão. A polícia detalhou que o suspeito se passava por policial e que, na casa dele, encontou distintivos falsos. Os agentes também apreenderam o carro do suspeito, que passará por perícia.
Boletim de ocorrência
Em outubro de 2023, Íris chegou a registrar um boletin de ocorrência, no qual relatava agressões e ameças, e pediu uma medida protetiva contra o ex. O pedido não tramitou, segundo a plolícia, por uma mudança de sistemas.
O delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, informou que designou à Corregedoria que apure por que o pedido não tramitou.
Entenda o caso
O corpo da vítima foi encontrado na quinta-feira (11/1), às margens de uma estrada rural de Alfredo Chaves. A polícia acredita que o crime teria ocorrido na manhã do mesmo dia em que o corpo foi encontrado.
Perícia no corpo da mulher indicou que ela teria sido atingida por, pelo menos, dois disparos na região do tórax. O cadáver foi encontrado coberto com cal.
A polícia ressaltou que ainda vai tomar o depoimento do suspeito, mas adiantou que ele negou a autoria. O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa do suspeito. O espaço segue aberto.