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Viúva de Pelé diz que responsável pelo testamento tenta “enriquecer”

Por Metrópoles

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Pelé e Márcia Aoki

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A empresária Márcia Aoki, viúva de Pelé, afirmou que o responsável pelo testamento do ex-jogador, José Fornos, quer enriquecer à custa da herança ao tentar receber a remuneração máxima prevista por lei. Escolhido por Pelé para a função, Fornos, o Pepito, foi empresário e assessor do Rei por 40 anos.

O processo do testamento de Pelé tramita na Justiça de São Paulo desde o ano passado, pouco depois da morte do ex-jogador, aos 82 anos. Em junho, a viúva de Pelé questionou um pedido de Pepito, o responsável pelo testamento, para ser remunerado em 5% do valor da herança, o teto fixado por lei. A taxa fica entre 1% e 5% da herança líquida.

Segundo a empresária, o ex-assessor do atleta do século não havia cumprido qualquer obrigação de testamenteiro no processo, e agiu “ousadamente” ao pedir a remuneração máxima, o que classificou de “absurdo e irrazoável”. Pelo menos três filhos de Pelé endossaram as críticas de Márcia Aoki a Pepito no processo: Joshua, Celeste e Gemima.

“Quer o testamenteiro nomeado enriquecer (sem causa) à custa do espólio”, escreveu Márcia Aoki. Segundo a viúva de Pelé, Pepito não se dedicou ao testamento, e os familiares tiveram de acionar a Justiça para iniciar o processo. Aoki destacou que a Justiça paulista já abriu exceções e definiu um pagamento menor que 1% em casos excepcionais.

“Quais dessas providências e etapas obrigatórias decorrentes da abertura da sucessão foram conduzidas pelo testamenteiro nomeado? A resposta é simples: NENHUMA!”, afirmou Márcia Aoki, acrescentando que a única ação de Pepito foi pedir a remuneração máxima por meio de “um parágrafo de pouquíssimas linhas em sua manifestação de uma página e meia”. “Não cumpriu uma obrigação sequer, por mais singela que seja”, concluiu a viúva de Pelé.

Procurada, a defesa de Pepito afirmou que o valor da remuneração ainda não foi analisado pela Justiça. Segundo a defesa, Pepito se recusou a assinar um documento enviado por Márcia no qual ele “abria mão de qualquer coisa”.

“A discussão sobre o valor da remuneração não está nem perto de começar. Ela [Márcia Aoki] não teria nem o que impugnar agora. Quem nomeou o inventariante foi o próprio Edson [Pelé]”, afirmou o advogado Victor Hadid.

Procurada, a defesa de Márcia Aoki afirmou:

“Questionamos o percentual da remuneração máxima pedido pelo inventariante, mas o juiz disse que só decidirá isso no curso do inventário. Não concordamos com o valor máximo porque o testamenteiro [Pepito] não fez absolutamente nada até agora, não participou do processo”, disse o advogado Luiz Kignel.

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