A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8) uma operação que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores dele, em mais uma investigação dos atos golpistas de 2022. Desta vez, o passaporte de Bolsonaro foi apreendido.
Ao todo, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Após a operação, políticos ligados ao bolsonarismo foram às redes sociais defender o ex-presidente. Entre eles, os dois senadores do Acre, ambos do União Brasil, Alan Rick e Marcio Bittar.
Bittar, que foi relator do Orçamento durante o governo Bolsonaro, gravou um vídeo dizendo que a operação deflagrada nesta quinta-feira é ‘uma tentativa de eliminar a maior liderança política popular deste país’.
“Continuo contigo, presidente. Peço a Deus, as forças divinas, que protejam a vida do presidente Bolsonaro, que já tentaram matar esse homem”, disse.
Em nota, Alan Rick disse que a operação é uma ‘perseguição implacável’ contra Bolsonaro e seus aliados, “caracterizando uma quebra dos preceitos institucionais da Constituição e do devido processo legal. Este cenário nos faz questionar se ainda vivemos em um Estado democrático de Direito”, disse.
O ex-presidente Bolsonaro tem agenda marcada no Acre no próximo mês, para participar de um evento do PL. Fontes indicam que a visita deve ocorrer para filiar, oficialmente, o atual prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.