Curtiu Tekken 8? Veja todos os jogos da franquia lançados até hoje

O primeiro passo da franquia Tekken foi dado em 1994. Na época, a Namco sabia bem do risco que corria ao tentar competir contra ótimo Virtua Fighter 2, da SEGA, mas o trabalho em Tekken, tanto em sua versão de fliperamas como na praticamente perfeita passagem para o PlayStation, fez com que a rivalidade entre as franquias se tornasse real. O primeiro Tekken introduziu alguns personagens que viriam a se manter em boa parte dos títulos futuros, como Heihachi Mishima, Kazuya Mishima, Nina Willians, Paul Phoenix, Yoshimitsu, King e Kuma.

O jogo já mostrava muito potencial na história, com a organização do King of Iron Fist Tournament e toda a jornada de Kazuya para derrotar seu pai e, assim, assumir o comando da multinacional Mishima Zaibatsu. A gameplay foi bastante inovadora também, muito por conta dos excelentes controles, toda a estratégia envolvida para se vencer um combate e o belo trabalho na animação de cada golpe. Não é para menos que Tekken foi o primeiro jogo da história do PlayStation a chegar à marca de um milhão de cópias vendidas.

Com o sucesso do primeiro jogo, a Namco não perdeu tempo e já começou a trabalhar a Tekken 2 — sequência que viria a ser lançada já no ano seguinte, em 1995, para Arcade e PlayStation. A história continua dois anos após os acontecimentos do primeiro Tekken, com um novo King of Iron Fist Tournament. Heihachi dessa vez conquista o torneio e termina tudo lançando Kazuya dentro de um vulcão. Também é revelado no final que Kazuya teve um filho com Jun Kazama, uma agente e ativista dos direitos dos animais que entrou no torneio para prendê-lo. O filho é Jin Kazama, que viria a ser um dos nomes mais importantes da franquia nos anos seguintes.

Tekken 2 contou com um total de 25 personagens jogáveis, sendo 17 remanescentes de Tekken (1994). O game se destacou por ser uma versão melhorada do antecessor, com uma IA bastante superior, muitos modos de jogo na versão de PlayStation e mecânicas de combate que apenas agregaram à gameplay. Destaque para a habilidade para desviar de golpes aproveitando do ambiente em 3D, o Mist Step, que poderia ser usado somente por Kazuya, mas que viria a se tornar universal nos jogos seguintes da franquia, com o nome de Sidestep. Tekken 2 foi um sucesso absoluto e chegou a vender mais de 5 milhões de cópias no PlayStation.

Chegamos à versão que muitos consideram como a melhor da história da série. Tekken 3 foi lançado ao mercado em 1997 com uma enorme renovação em sua história, que se passa 15 anos após os eventos de Tekken 2. O protagonista da vez é Jin Kazama, filho de Kazuya Mishima e de Jun Kazama. Ele treina com seu avô, Heihachi Mishima, para se vingar de uma criatura chamada Ogre, que acabou assassinando sua mãe no começo da história. Essa vingança ocorre durante mais um King of Iron Fist Tournament, que conta com retornos de personagens como o próprio Heihachi e Paul Phoenix, e a introdução de outros, como Hwoarang, Ling Xiaoyu e o popular brasileiro Eddy Gordo.

Além de um enredo mais sombrio, Tekken 3 se destacou por revolucionar a franquia com a introdução de novas mecânicas na gameplay. O sidestep, como comentado no tópico de Tekken 2, foi uma grata adição que possibilitou os jogadores irem e voltarem do plano de fundo para desviar e contra-atacar, dando uma maior ênfase ao ambiente em 3D e servindo de base para jogos futuros. Tekken 3 contou com muitos modos de jogo, como o ótimo beat’em up Tekken Force, o que cativou ainda mais os jogadores casuais. O game foi um sucesso absoluto e foi o quinto jogo mais popular do PlayStation, com cerca de 8,3 milhões de cópias vendidas.

Tekken Tag Tournament chegou aos arcades em 1999 como uma espécie de versão melhorada de Tekken 3. Sua principal diferença está na batalha em dupla, em vez do tradicional um contra um. Em vez de ser lançado para PlayStation, o game foi o primeiro da franquia a aproveitar todo o poder do PlayStation 2 (PS2), sendo um jogo que apareceu já no lançamento do novo console da Sony nos anos 2000. Tekken Tag Tournament conta em seu elenco com todos os personagens que apareceram em Tekken 2 e Tekken 3, tornando-se a versão com o maior número de lutadores jogáveis até então.

Com exceção das lutas em duplas e da possibilidade de jogar com até quatro jogadores, o novo título da Namco não inovou tanto em relação ao antecessor, sendo considerado apenas um Tekken 3 com um visual superior e mais personagens. Contudo, o jogo agradou bastante os fãs e foi um grande sucesso na época também. Não é para menos que uma versão remasterizada, Tekken Tag Tournament HD, foi lançada em 2011 para PlayStation 3 (PS3) como parte da coleção Tekken Hybrid, que ainda acompanhava o longa-metragem Tekken: Blood Vengeance.

Provavelmente, uma das versões que os jogadores competitivos mais desejam esquecer. Para Tekken 4, a Namco visava levar mais inovação à franquia, com uma gameplay que não parecesse mais do mesmo visto em Tekken 3 e Tekken Tag Tournament, ao mesmo tempo que assegurava uma experiência gráfica muito superior. O enredo seguiu bastante complexo, concedendo espaço para Ling Xiaoyu, surpreendendo com o retorno de Kazuya Mishima e abordando mais sobre as intenções de Heihachi Mishima com o Ogre e o sangue Devil de seu filho e de seu neto Jin Kazama na busca pela imortalidade.

Agora, sobre a gameplay, Tekken 4 mudou muitas coisas em relação à movimentação, o que assustou um pouco jogadores mais dedicados da franquia. Mas o que se destacou negativamente foram os problemas na detecção de colisão, em especial nos obstáculos presentes nas arenas, o que abriu uma enorme possibilidade de glitches e de combos com dano massivo e injusto. Isso sem falar da força descomunal do personagem Jin, dominante na maioria dos torneios. Apesar de tudo, Tekken 4 recebeu notas consideradas boas e ainda possui certo carinho dos fãs, embora seja discutivelmente o pior da franquia principal.

Sem levar em consideração o ainda bastante recente Tekken 8, Tekken 5 é tido como único jogo capaz de encarar Tekken 3 na batalha sobre qual game é o melhor da franquia. O jogo foi lançado em 2004 para arcades e em 2005 para PlayStation 2 (PS2). A história de Tekken 5 foi considerada inferior à apresentada em Tekken 4, mas teve bons momentos, como a aparição de Jinpachi Mishima. O maior destaque no jogo está na gameplay, que ignorou muitas das inovações adicionadas no antecessor para valorizar o estilo clássico e rápido da franquia. Somado a isso, novos personagens, bons modos de jogo e a então inédita possibilidade de personalizar roupas de personagens fizeram de Tekken 5 um enorme sucesso.

Apesar disso, a Namco optou por uma atualização: Tekken 5: Dark Resurrection, lançada nos arcades em dezembro de 2005. Este update chegou aos consoles em 2006 para PSP e PlayStation 3 (PS3) via PlayStation Network. A atualização adicionou mais personagens, arenas e mudanças de balanceamento, tornando o jogo ainda mais impecável. Em relação ao PS3, o console recebeu ainda outra versão em 2007: Tekken 5: Dark Resurrection Online, o primeiro Tekken oficial a possuir sistema para jogar online. Com ainda mais conteúdo e melhorias gráficas, essa é a melhor versão de Tekken 5 e uma das melhores de toda a franquia.

No mesmo ano em que foi lançado Tekken 5: Dark Resurrection Online, chegou também Tekken 6, a verdadeira estreia da série na sétima geração de consoles, no PlayStation 3 (PS3). O Xbox 360 recebeu sua versão apenas com a atualização Bloodline Rebellion, em 2009. Sua história conta com Jin Kazama, já comandando a Mishima Zaibatsu, iniciando uma série de conflitos pelo mundo. Os novos personagens Lars Alexandersson e Alisa Bosconovitch são dois nomes centrais no enredo. Ambos acompanham os passos de Jin, o início de um novo torneio, a rebelião contra Mishima Zaibatsu, o papel da G Corporation e a ressurreição de Azazel, uma criatura que é o chefe final do game.

Tekken 6 contou com nove novos personagens e mais 34 nomes retornando, criando um elenco bastante numeroso. Esse detalhe, os visuais e as novas mecânicas foram muito bem recebidas. Houve críticas mais em relação a alguns modos de jogo, como o Scenario Campaign, e ao balanceamento, que basicamente tornou Bob um dos personagens mais quebrados da história da franquia. No mais, o saldo de Tekken 6 foi muito positivo, em especial por atrair novos jogadores, mas seu impacto foi menor do que o de Tekken 5.

Tekken Tag Tournament 2 foi lançado em 2011 para os arcades como uma versão de batalhas em duplas de Tekken 6, semelhante ao que ocorreu com Tekken Tag Tournament sendo uma versão atualizada de Tekken 3. Os consoles receberam o Tag 2 em 2012 com um total de 59 personagens, 18 a mais do que a versão para fliperamas. Praticamente todos os personagens já tinham aparecido na franquia antes, mas com a presença também de alguns novatos.

O jogo chamou a atenção por levar histórias para os personagens, embora não sejam canônicas para a série. Outros destaques são a gameplay e os conteúdos semelhantes ao Tekken 6, mas com uma adição interessante ao modo treino que auxiliava os jogadores de primeira viagem a se aventurarem no Tekken. Apesar dos elogios, o game falhou na questão do marketing e vendeu apenas algo em torno de 1,5 milhão de cópias. Acredita-se que o título ter sido lançado na reta final da sétima geração de consoles seja a principal razão no fracasso das vendas e no pouco retorno para a Bandai Namco.

Tekken 7 foi o jogo da série lançado para a oitava geração de consoles. O game chegou aos arcades em 2015 e aos consoles, já com a atualização Fated Retribution, no ano de 2017. No novo título, os jogadores têm um vislumbre do que acontece após Jin Kazama derrotar Azazel no final de Tekken 6: a guerra entre Mishima Zaibatsu e G Corporation ainda acontecendo e a rivalidade entre pai e filho, Heihachi e Kazuya Mishima, chegando ao seu climax. Contudo, Tekken 7 focou mais em levar novas mecânicas na gameplay do que se preocupar em modos de jogo, o que assegurou um competitivo bastante sólido com o passar do tempo.

Este título da franquia também se destacou por contar com quatro personagens de outras séries. Antes, apenas o dinossauro Gon, em Tekken 3, havia aparecido como “Guest Character”. Em Tekken 7, surgiram Akuma (Street Fighter), Geese Howard (Fatal Fury), Noctis (Final Fantasy XV) e Negan (The Walking Dead). Vale ressaltar ainda que foi com Tekken 7 que surgiu a Tekken World Tour em 2017, um circuito global de competições que culmina em um torneio mundial. Esse circuito apresentou muitos jogadores desconhecidos de regiões diferentes e acendeu o interesse de muitas pessoas em competir seriamente com o jogo.

Chegamos em Tekken 8, lançado recentemente, no dia 26 de janeiro de 2024. Já nos primeiros betas o jogo impressionava com visuais espetaculares para a atual geração de consoles, com PlayStation 5 (PS5), Xbox Series X e PC. Tekken 8 também leva excelentes mecânicas de gameplay e é considerado bastante convidativo para os jogadores de primeira viagem se arriscarem no jogo. Houve críticas em relação aos modos de jogo em geral, mas seu modo principal, o versus, e o foco em um online de qualidade devem fazer com que Tekken 8 obtenha muito sucesso e tenha uma duradoura e memorável jornada como esporte eletrônico.

• Tekken Card Challenge (1999): o primeiro spin-off da franquia. Tratava-se de um jogo de cartas lançado exclusivamente para o portátil WonderSwan;
• Tekken Advance (2001): o gênero de luta entre os spin-offs só foi aparecer em 2001 com Tekken Advance, um título de Game Boy Advance que trouxe uma experiência interessante em 2D e bons gráficos, levando em consideração que se tratava de um portátil;
• Death by Degrees (2005): Tekken se aventurou no gênero ação e aventura com Death by Degrees, um game protagonizado pela popular Nina Willians, uma personagem que aparece na série desde o primeiro Tekken (1994). O game foi elogiado pela história, mas recebeu muitas críticas na gameplay, principalmente por conta da câmera;
• Tekken Resolute (2010): Tekken Resolute é um game bastante obscuro e que foi exclusivo apenas para celulares em 2010;
• Tekken 3D: Prime Edition (2012): em 2012, o Nintendo 3DS recebeu Tekken 3D: Prime Edition, um título com visuais espetaculares e ótima gameplay, mas que, infelizmente, falhou em levar bons modos de jogo e, consequentemente, prejudicou seu fator replay;
• Street Fighter x Tekken (2012): também em 2012, surgiu o inesperado crossover Street Fighter x Tekken, desenvolvido pela Capcom. Trailers com excelentes animações criaram uma atmosfera de enorme expectativa para o jogo, que acabou, de certa forma, decepcionando quando foi lançado. Mesmo assim, ele apareceu em muitos grandes torneios de jogos de luta e conta com fãs até hoje;
• Tekken Revolution (2013): a primeira tentativa da Bandai Namco com jogos free to play foi Tekken Revolution, lançado em 2013 na PSN do PlayStation 3 (PS3). O jogo utilizou como base o Tekken Tag Tournament 2 e tinha muito potencial, mas jogou suas chances de sucesso no lixo por conta do enorme fator pay to win (pagar para ganhar, em inglês), que envolvia conceder upgrades aos seus personagens. O título foi descontinuado em 2017;
• Tekken Card Tournament (2013): os aparelhos Android e iPhone (iOS) receberam em 2013 o interessante Tekken Card Tournament. Trata-se de um jogo de cartas em que as cartas são os movimentos que seu lutador utilizará na batalha, representada com bons gráficos na tela de seu celular;
• Tekken Arena (2013): Tekken Arena é um jogo free to play lançado para aparelhos Android e iPhone (iOS). O jogador precisa criar um personagem e evoluí-lo conforme realiza as batalhas. A gameplay é bastante simples, com as lutas ocorrendo apenas com fotos dos personagens na tela e poucos comandos para serem executados;
• Pokkén Tournament (2015): Pokkén é considerado mais um spin-off da franquia Pokémon do que da franquia Tekken. Entretanto, por utilizar de elementos de gameplay vistos no game de luta, não é tão incorreto afirmar que se trata de um spin-off de Tekken também. Principalmente por conta do nome, uma óbvia fusão dos nomes de ambas as franquias. Pokkén Tournament foi lançado para os arcades em 2015 e Nintendo Wii U em 2016. Ainda houve uma versão para Nintendo Switch, chamada de Pokkén Tournament DX, de 2017. Foi uma boa tentativa de levar os monstrinhos a um jogo de luta em 3D;
• Galaga: Tekken 20th Anniversary Edition (2015): um divertido jogo gratuito para Android e iPhone (iOS) que uniu Tekken com Galaga, aquele jogo dos anos 80 com naves espaciais. Porém, em vez de naves, você utiliza dos lutadores do Tekken para derrubar os inimigos voadores nessa bela homenagem ao clássico dos videogames;
• Tekken Mobile (2018): o último spin-off da série lançado até então foi Tekken Mobile, disponível para Android e iPhone (iOS). Em resumo, era um jogo de luta com elementos de gacha, uma característica que faz o jogador comprar valores dentro do jogo para receber itens aleatórios. Tekken Mobile foi descontinuado em 2019 sem qualquer explicação. Acredita-se que as numerosas críticas aos preços altos dos itens do game tenham levado a Bandai Namco a deixar esse projeto de lado.